O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta admitiu, em entrevista nesta quarta-feira (23), que pode ser candidato à presidência da República em 2022. Antigo integrante do governo Bolsonaro, sua saída foi motivada por divergências de tratativas relacionadas à pandemia de Covid-19. Mandetta havia sido substituído por Nelson Teich, também destituído por discordâncias quanto ao combate do vírus. Atualmente a pasta segue sendo comandada por Eduardo Pazuello, ministro interino.

“Em 2022 eu vou estar em praça pública lutando por algo em que acredito. Se o Democratas acreditar na mesma coisa, eu vou. Se o Democratas achar que ele quer outra coisa, eu vou procurar o meu caminho. Eu vou achar o caminho. Como candidato, ou carregando o porta-estandarte do candidato em que eu acreditar. Mas que eu vou participar das eleições, eu vou”, afirmou Mandetta.

Questionado, então, se participaria concorrendo a presidente, ele respondeu: “a presidente, a vice-presidente...”. Logo em sequência, lembrou também que outros cargos estarão em disputa, como o de governador, vice-governador e senador. Sobre uma candidatura a deputado federal, o qual ele já cumpriu dois mandatos no passado, Mandetta disse que descarta essa possibilidade.

O ex-ministro revelou ainda que pretende conseguir um centro que respeite as individualidades e que fuja da polarização, que segundo ele, é a base de sustentação do atual governo.

“Em 2021, polarização, com certeza, não. Se a gente conseguir um grande acordo, um grande caminho pelo centro democrático, não por esse centro fisiológico aí que está fazendo essa nova base de sustentação (ao governo de Jair Bolsonaro). Mas um centro bacana, que respeite as individualidades, que eu não tenha que decidir se o cara é gay, se o cara é hétero, se o cara é alto, se o cara é baixo. Você tem que respeitar as pessoas nas suas questões individuais. E promover a revolução de uma década. Porque essa, (de) 2010 a 2020, foi jogada na lata do lixo”, concluiu.