quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O número de mortes decorrentes da contaminação após ingerir cervejas da empresa mineira Backer aumentou. A última vítima é o juiz titular da 28ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), João Roberto Borges de 74 anos, Ele estava internado no hospital Madre Tereza em Belo Horizonte. O corpo será necropsiado no Instituto Médico Legal (IML). A presidência do TRT-MG, em comunicado interno, manifestou condolências à família da vítima, e aos servidores das varas em que o mesmo atuou.
Cerca de 29 pessoas apresentaram sintomas de intoxicação por dietilenoglicol, encontrado em amostras de cervejas Backer e analisadas por peritos da Polícia de Minas Gerais. O dietilenoglicol é tóxico e costuma ser usado em sistemas de refrigeração, devido a suas propriedades anticongelantes. Também foi apontado nos exames realizados pelo Instituto de Criminalística da Polícia Civil, a presença de monoetilenoglicol na linha de produção.
Os sintomas foram semelhantes em todos os pacientes: insuficiência renal aguda de evolução rápida (ou seja, que levou a pessoa a ser internada em até 72 horas após o surgimento dos primeiros sintomas) e alterações neurológicas centrais e periféricas que pode provocar paralisia facial, borramento visual ou perda da visão, alteração sensório ou paralisia, e outros sintomas. No exame de ao menos três pacientes internados foi acusada a presença da substância dietilenoglicol.
Desde que seus produtos passaram a ser apontados como prováveis causadores do que, inicialmente, foi tratado como uma síndrome nefroneural de origem desconhecida, a Backer nega usar dietilenoglicol ou monoetilenoglicol em seus produtos.
A cervejaria, devido às suspeitas, foi interditada e a comercialização de seus produtos está suspensa. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, até o último dia 28, já havia identificado 41 lotes de diferentes rótulos de cervejas produzidas pela Backer com a presença de monoetilenoglicol e dietilenoglicol.
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