quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Com a mecanização, o perfil do trabalho no campo foi alterado, o que influenciou a diminuição de mão de obra no setor nos últimos 11 anos. Segundo o Censo Agropecuário 2017, divulgado nesta sexta-feira (25), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o número de estabelecimentos com tratores aumento 50% em relação ao último Censo, que foi realizado em 2006.
Nesse período, o setor agropecuário perdeu cerca de 1,5 milhões de trabalhadores. Diminuiu em 8,8% o pessoal ocupado nos estabelecimentos agrícolas, indo de 16,6 milhões de pessoas em 2006 para 15,1 milhões em 2017. O número inclui a perda de 2,2 milhões de trabalhadores na agricultura familiar e o aumento de 703 mil na agricultura não familiar.
Aumentou também o número de estabelecimentos com outras máquinas, como plantadeiras, colheitadeiras, adubadeiras ou distribuidoras de calcário, e também meios de transporte como caminhões, motocicletas e aviões. Pode-se verificar a tendência do aumento de uso de máquinas nos estabelecimentos na série histórica, em que a utilização dos tratores apresenta crescimento desde o Censo Agropecuário de 1975.
Para Antonio Carlos Florido, gerente técnico do Censo Agropecuário, o processo de mecanização é algo crescente e contínuo. “Quanto mais automação, menos gente na produção. Isso tem acontecido em todos os setores da economia, não é algo restrito ao setor agropecuário”, afirmou.
As máquinas agrícolas vêm substituindo o trabalho manual, e de acordo com Florido, esse cenário obriga os trabalhadores do campo a buscar qualificação para operar a maquinaria.
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