terça-feira, 01 de outubro de 2024

Brasil

Maior tatuzão da América Latina é batizado em homenagem à poetiza goiana

POR Jornal Somos | 12/05/2023
Maior tatuzão da América Latina é batizado em homenagem à poetiza goiana

Tatuzão Cora Coralina que será utilizado na expansão da Linha 2-Verde do Metrô — Foto: Divulgação/Comexport

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Seguindo a tradição internacional de se batizar os equipamentos conhecidos como “tatuzão”, em homenagem à personalidades, o Governo estadual paulista decidiu homenagear a poetiza goiana Cora Coralina, ao batizar o novo equipamento, que chegou essa semana no porto de Santos e contará com mega operação para transporta-la para a capital paulista, onde atuará nas obras de ampliação do metrô.

 

Montado, o equipamento pesa 2,7 mil toneladas e tem capacidade para perfurar em profundidades de até 41 metros e deverá escavar 7,5 km, que realizará a primeira fase da expansão da Linha 2-Verde. Seus 11,66 m de diâmetro o tornam mais espesso do que a tuneladora Maria Leopoldina, utilizada pelo consórcio Acciona nas obras da Linha 6-Laranja.

 

Vida de Cora

Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas nasceu na antiga capital goiana, no dia 20 de agosto de 1889. Era filha de Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto, desembargador, nomeado por Dom Pedro II, e de Jacinta Luísa do Couto Brandão, cursou apenas até a terceira série do curso primário. Ficou mais conhecida por seu pseudônimo, Cora Coralina.

 

Cora começou a escrever poemas e contos aos 14 anos, chegando a publicá-los no jornal de poemas “A Rosa”, criado com algumas amigas. Em 1910, seu conto "Tragédia na Roça" foi publicado no "Anuário Histórico e Geográfico do Estado de Goiás", já usando o pseudônimo de Cora Coralina. Em 1911 fugiu com o advogado divorciado Cantídio Tolentino Bretas, para Jaboticabal, no interior de São Paulo. Em 1922 foi convidada para participar da Semana de Arte Moderna, mas foi impedida pelo marido.

 

Já em São Paulo, em 1934 já após a morte do marido, trabalhou como vendedora de livros. Em 1936, muda-se para Andradina, onde começa a escrever para o jornal da cidade. Em 1951 candidatou-se a vereadora. Passados cinco anos, resolveu voltar para sua cidade natal. Em 1959, com 70 anos, decidiu aprender datilografia para preparar suas poesias e entregá-las aos editores. Em 1984 foi nomeada para a Academia Goiana de Letras, ocupando a cadeira n.º 38.

 

Em 2002, a cidade de Goiás, com sua paisagem urbana predominantemente marcada pela arquitetura dos séculos 18 e 19, recebeu o título de Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, dado pela Unesco. A casa onde morou a poetisa Cora Coralina é hoje o museu da escritora. Cora Coralina faleceu em Goiânia, Goiás, no dia 10 de abril de 1985.

 

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