domingo, 09 de março de 2025

Lula responsabiliza intermediários e diz querer entender aumento no preço do ovo no Brasil

POR Marcos Paulo dos Santos | 08/03/2025
Lula responsabiliza intermediários e diz querer entender aumento no preço do ovo no Brasil
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta sexta-feira (7) que pode adotar ações “mais drásticas” para reduzir o custo dos alimentos, responsabilizando intermediários pelo aumento do preço dos ovos no Brasil. No entanto, durante um evento em Campo do Meio (MG), Lula não especificou quais medidas poderiam ser tomadas.

 

“Quero entender o motivo do aumento no preço do ovo”, afirmou o presidente. “Alguns dizem que é por conta do calor, outros falam em exportação. Estou em busca dessa explicação.”

 

Lula destacou que a intenção do governo é encontrar uma solução pacífica, mas alertou que, caso isso não ocorra, medidas mais rigorosas podem ser adotadas. “O que importa é garantir comida acessível para o povo brasileiro”, disse, reforçando a necessidade de um preço justo também para os produtores.

 

“Não queremos que os produtores tenham prejuízo, mas sabemos que há intermediários que elevam os preços. Entre o produtor e o consumidor, há muitas mãos que interferem. Vamos descobrir quem está por trás disso”, ressaltou.

 

Oscilação de preços

 

De acordo com o presidente, a caixa com 30 dúzias de ovos variou de aproximadamente R$ 140, em janeiro de 2023, para R$ 210 em fevereiro deste ano. “Quero entender esse salto. Quem foi que inflacionou esse valor?”, questionou.

 

Motivos para a alta

 

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) explica que o aumento no preço dos ovos ocorre sazonalmente, principalmente no período que antecede a Páscoa, quando muitas famílias substituem a carne vermelha pelo ovo.

 

A entidade também aponta fatores como a elevação dos custos de produção, incluindo o preço do milho e das embalagens, além das temperaturas elevadas, que afetam a produtividade das aves.

 

Apesar do crescimento das exportações, a ABPA destaca que o impacto delas sobre o mercado interno é praticamente nulo, representando menos de 1% das 59 bilhões de unidades previstas para serem produzidas em 2024. Segundo a associação, a expectativa é que os preços se normalizem ao fim da Quaresma, acompanhando o restabelecimento do consumo de proteínas variadas.

 

Com informações de Agência Brasil.

 

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