Durante evento realizado nesta sexta-feira (18) em Missão Velha, no Ceará, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizou que poderá disputar a reeleição em 2026, caso avalie necessário impedir a volta ao poder do que classificou como “bando de malucos” — numa clara referência à direita política e ao grupo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Não vou entregar esse país de volta àquele bando de malucos que quase destruíram esse país nos últimos anos. Eles não voltarão, podem estar certos disso", afirmou o petista, em mais um discurso marcado por ataques e pela polarização política.

Apesar de indicar disposição para concorrer, Lula declarou que tomará a decisão definitiva apenas em 2026, ponderando que irá “conversar com sua consciência e com o povo”. Ainda assim, admitiu que, caso mantenha as atuais condições de saúde, pretende disputar o pleito. “Podem ter certeza que serei candidato outra vez para ganhar eleições nesse país”, disse.

A fala de Lula ocorre um dia após a divulgação da pesquisa Genial/Quaest, que mostra o presidente à frente em simulações de segundo turno contra todos os possíveis adversários. No cenário mais acirrado, contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o petista aparece com 41%, contra 37% do rival, em um empate técnico dentro da margem de erro. Contra Bolsonaro, hoje inelegível até 2030, Lula tem 43% das intenções de voto, contra 37% do ex-presidente.

A pesquisa também indica leve oscilação positiva na avaliação de Lula, em meio à repercussão da crise tarifária com os Estados Unidos e à sua campanha por "justiça tributária". A avaliação negativa do governo caiu de 43% para 40%, enquanto a positiva permanece em 28%. Outros 28% avaliam o governo como regular, e 4% não souberam responder.

*Com informações Mais Goiás