As autoridades indonésias divulgaram nesta sexta-feira (27) o laudo oficial que revela a causa da morte da brasileira Juliana Marins, que sofreu um grave acidente durante uma trilha no Monte Rinjani, segundo vulcão mais alto da Indonésia, localizado na ilha de Lombok. Segundo o documento, a causa da morte foi trauma contundente, com múltiplas fraturas e hemorragia interna severa.

Juliana, praticante de montanhismo, caiu de um penhasco enquanto realizava a travessia no parque nacional do Monte Rinjani. O corpo foi submetido à autópsia no Hospital Bali Mandara, uma vez que a região do acidente não dispõe de especialistas forenses.

O médico legista responsável, Ida Bagus Alit, informou que a vítima sofreu fraturas no tórax, ombro, coluna e coxa. Essas lesões provocaram danos extensos a órgãos internos e um sangramento intenso. “A principal causa de morte foram os ferimentos na caixa torácica e nas costas”, detalhou o especialista.

Ainda segundo o perito, não há evidências de que Juliana tenha resistido por muito tempo após a queda. “O ferimento na cabeça não indicava hérnia cerebral, e os órgãos internos não mostravam retração. Isso aponta que a morte ocorreu em cerca de 20 minutos após o impacto”, explicou o médico. Ele também descartou qualquer sinal de hipotermia, o que reforça que a morte foi provocada exclusivamente pelos traumas da queda.

O corpo da brasileira chegou ao hospital em Bali às 11h35 (horário de Brasília) de quinta-feira (26), sendo levado por ambulância desde a província de Nusa Tenggara Ocidental, onde está localizado o vulcão. A autópsia foi realizada ainda na noite do mesmo dia, e os trâmites para a repatriação do corpo já estão em andamento.

A tragédia trouxe à tona os riscos de trilhas em áreas de relevo acidentado e com pouca estrutura de resgate. O Monte Rinjani é conhecido por sua beleza, mas também pela complexidade de seu terreno e pelas dificuldades de evacuação em casos de emergência.