quinta-feira, 03 de outubro de 2024

Justiça condena socialite a 8 anos de prisão por racismo contra filha de Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank

POR Ludmilla Menezes | 24/08/2024
Justiça condena socialite a 8 anos de prisão por racismo contra filha de Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank

Imagem: reprodução

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A Justiça Federal do Rio de Janeiro condenou a socialite Dayane Alcântara, a 8 anos e 9 meses de prisão em regime fechado pelos crimes de injúria racial e racismo. A condenação não é definitiva e ainda cabe recurso.

 

O caso envolve o episódio de racismo contra Titi, filha dos atores Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank, onde Dayane fez comentários racistas em uma postagem feita pelo casal e chamou a menina de "macaca horrível" e disse que ela tinha "cabelo de vassoura e nariz de macaco". Após os ataques, Bruno registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil do Rio de Janeiro.

 

A acusada foi denunciada pelo Ministério Público à Justiça. Na sentença proferida nesta semana o juiz Ian Legay, da Primeira Vara Federal do Rio de Janeiro, afirmou que a acusada fez ofensas gratuitas contra uma criança de 4 anos com objetivo de fazer alusão à raça e à cor da vítima.

 

"Expressões execráveis alinhadas a valores forjados em compasso com a prática cotidiana da escravidão e do tráfico transatlântico de indivíduos escravizados, cuja utilização contemporânea, além de configurar crime, pressupõe grave dissonância cognitiva frente aos fatos históricos que atestam a essencialidade dos indivíduos pretos para a formação do Brasil e sua riqueza econômica, cultural e social", disse o magistrado à Agência Brasil .

 

Em nota, o casal comemorou a decisão e disse que continua confiante no Judiciário para garantir a punição do racismo no Brasil. "Essa é a primeira vez que, em resposta ao racismo, o Brasil condena uma pessoa à prisão em regime fechado. Sim, estamos em 2024 e essa ainda é a primeira vez. Apesar de tardio, é histórico. O direito criminal diz que pouco pode ser feito pela reversão da pena, no máximo, sua redução. Assim esperamos e seguiremos confiantes na Justiça, pois há anos estamos lutando por entendermos que esta vitória não é nossa, mas da nossa filha, coletiva e de toda uma comunidade", afirmou o casal.

 

Com informações Agência Brasil 

 

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