quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Brasil

Juíza suspende licitação do STF para compra de lagosta e vinhos

POR Jornal Somos | 07/05/2019
Juíza suspende licitação do STF para compra de lagosta e vinhos

Redação Jornal Somos

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A juíza Solange Salgado, da 1ª Vara Federal em Brasília, determinou nesta segunda-feira (6) a suspensão da licitação na qual o Supremo determinou compra de bebidas, entre elas vinhos, e refeições, incluindo lagosta.

 

O Supremo afirmou que a Advocacia-Geral da União (AGU) vai recorrer.

 

A licitação prevê compra pelo "menor preço" de empresa especializada para fornecimento de refeições, no valor total de R$ 1,13 milhão. A licitação foi aberta no dia 26 de abril. Entre os itens listados estão uísque 18 anos, vinhos premiados, além de refeições como lagosta e carré de cordeiro.

 

Na decisão, a juíza afirma que a licitação afronta o princípio da moralidade administrativa.

 

Também estão previstos no edital champagne brut com ao menos quatro premiações internacionais, cachaças envelhecidas em barris de madeira nobre, além de gim, vodca, conhaque envelhecido por no mínimo dois anos.

 

Entre as refeições estão camarão à baiana, medalhões de lagosta com molho de manteiga queimada, bacalhau à Gomes de Sá, frigideira de siri, arroz de pato, pato assado, tournedos de filé e pernil de cordeiro assado.

 

Segundo a juíza, a ação "narra e comprova a prática de ato com potencial lesivo à moralidade administrativa", ou seja, é condenável. Para ela, a compra de comidas e bebidas de "elevado padrão gastronômico, com alto custo de dinheiro público" poderá ser prejudicial ao patrimônio público e, especialmente, "à moralidade adminsitrativa".

 

Conforme a juíza, a compra das refeições com vinho e lagosta não deve ser permitida por duas razões: o alto valor previsto para a contratação e a diferença para o que é consumido pelos contribuintes brasileiros, os pagadores de impostos – a população.

 

A magistrada afirmou, na decisão de sete páginas, que a licitação não leva em conta o "período de gravosas dificuldades econômicas e muitas deficiências orçamentárias, o que atinge a todos".

 

Além dessa ação, há outra ação na Justiça Federal do DF contra a contratação de empresa especializada para prestação de serviços de fornecimento de refeições no STF. Ainda não houve decisão.

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