quarta-feira, 03 de julho de 2024

Jovens de 12 a 17 anos podem participar de testes de vacina contra a chikungunya no Brasil

POR | 22/08/2022
Jovens de 12 a 17 anos podem participar de testes de vacina contra a chikungunya no Brasil

Imagem: Arquivo/Agência Brasil

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No primeiro semestre deste ano, foi anunciado pelo Instituto Butantan os resultados de um estudo feito sobre uma vacina contra a chikungunya, em testes com voluntários. O estudo é realizado pelo Instituto Butantan, de São Paulo, em parceria com entidades como Instituto Autoimune, e está em nova fase pela qual está recrutando voluntários.

 

O desenvolvimento da etapa atual é para adolescentes de 12 a 17 anos. O Instituo lembra que todos os inscritos vão passar por uma triagem antes dos testes. Entretanto já está explicado que só podem participar pessoas da faixa etária que não tenham doenças pré-existentes, as comorbidades. Segundo os pesquisadores, esses jovens não podem ter as seguintes características: gestantes, tentando engravidar ou amamentando; condição clínica não controlada, instável ou histórico de artrite e artralgia; e estar fazendo terapia imunossupressora, como corticoides ou tratamento por radioterapia.

 

Por outro lado, os voluntários podem fazer parte de grupos distintos: aqueles que já tiveram a doença ou os que nunca contraíram Chikungunya. É preciso preencher o formulário disponível na página da pesquisa. Aqueles que se enquadrarem nos critérios necessários para receber a vacina serão contatados pela equipe da pesquisa para finalizar o agendamento.

 

As inscrições dos interessados, que não podem ter comorbidades, acontecem pela internet. Também é possível entrar em contato com os pesquisadores pelo telefone (81) 3416-7967 e pelo WhatsApp (81) 99398-3026.

 

A vacina foi desenvolvida pela Valneva, indústria farmacêutica da Áustria. Ela utiliza vírus enfraquecidos. Logo que é aplicada, induz o organismo a produzir anticorpos, mas sem provocar a doença.

 

Como funciona o teste?

 

Ao todo, 750 voluntários serão acompanhados durante um ano pelos pesquisadores, em todo o Brasil. Dez centros de pesquisas no país vão testar a vacina para que ela seja submetida à aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

 

Os pesquisadores explicam que dois terços dos adolescentes vão receber a vacina. Um terço deles tomará placebo, uma substância que não tem efeito. Ao final do estudo, todos aqueles voluntários que tomaram placebo serão vacinados com a vacina da chikungunya.

 

A expectativa é que o efeito da vacina dure cerca de dez anos. Depois de aprovada, ela será fabricada pelo Butantan.

 

A vacina foi testada em mais de quatro mil adultos voluntários nos Estados Unidos. Segundo os pesquisadores, 96% dos vacinados produziram anticorpos contra o vírus. Nos EUA, a doença não é endêmica, como no Brasil, onde o vírus circula desde 2014.

 

Fontes: Agência Brasil, Butantan e G1

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