quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O ipê, comum no cerrado brasileiro, mas presente em todo o território nacional e conhecido por suas flores, foi retirado, pelo governo federal, da lista internacional de proteção de espécies ameaçadas, onde era integrante por ser uma das madeiras mais cobiçadas no mercado internacional, e que, consequentemente, poderia correr riscos devido ao aumento de exploração e comércio ilegal de espécies da fauna e da flora selvagem.
Mesmo com alertas técnicos sobre a necessidade de preservar o ipê, em agosto de 2019, o próprio governo brasileiro realizou um requerimento à convenção para que ela retirasse a espécie da lista internacional de proteção. A informação foi adquirida pelo jornal “O Estado de S. Paulo” e confirmada pela TV Globo.
Sendo assim, agora, o ipê poderá ser vendido como uma espécie comum, sem qualquer restrição. Procurado sobre esta ocorrência, o Ministério do Meio Ambiente informou que, como não ocorreu consulta no setor produtivo nacional, foram pedidos outros estudos quanto à exploração do ipê, que estão sendo avaliados, atualmente, pelo Instituto de Pesquisas Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, sem prazo de conclusão para a análise.
Segundo o professor da Universidade de São Paulo (USP), Edson Vidal, o ipê é uma das espécies preferidas dos exploradores ilegais. “O ipê é considerado hoje um novo Mogno, é uma espécie das mais valiosas que a gente tem hoje na floresta amazônica. Então, principalmente devido a isso, que ele está sendo exaustivamente explorado. É a abertura de um caminho para isso, não tenho nenhuma dúvida, para o desmatamento”, afirmou.
A relação da qual o Ipê foi retirado é um acordo internacional entre 183 países que foi assinado pelo Brasil em 1973. O intuito desta convenção é monitorar o comércio de animais e plantas selvagens pelo mundo, de forma proteger a sobrevivência das espécies. O Mogno e o Pau-Brasil, árvores brasileiras, também estão nesta lista de proteção.
(Com informações do G1)
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