quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Brasil

IPCA-15: indicador registra deflação de 0,73%, preço da gasolina tem influência

POR Jornal Somos | 24/08/2022
IPCA-15: indicador registra deflação de 0,73%, preço da gasolina tem influência

Redação Jornal Somos

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Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (24), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) que é considerado uma prévia da inflação oficial do país, registrou queda de 0,73% em agosto, após alta de 0,13% registrada em julho. A queda nos preços da gasolina e etanol e também da energia elétrica tem influência.  

 

Apesar da queda recorde, os preços de alimentação, bebidas, saúde e cuidados pessoais continuaram subindo.

 

Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 9,60%, abaixo dos 11,39% registrados nos 12 meses anteriores e a menor taxa desde agosto de 2021 (9,30%). No ano, o IPCA-15 acumula alta de 5,02%. Em agosto de 2021, a taxa havia sido de 0,89%.

 

Foram pesquisados pelo IBGE nove grupos de produtos e serviços para o cálculo da prévia da inflação, seis tiveram variação positiva. O resultado de agosto foi influenciado principalmente pela queda no grupo dos Transportes, que contribuiu com -1,15 ponto percentual no índice do mês. Além do mais, também houve recuo nos preços dos grupos Habitação e Comunicação.

 

Veja abaixo a prévia da inflação de agosto para cada um dos grupos pesquisados:

 

  • Alimentação e bebidas: 1,12%
  • Habitação: -0,37%
  • Artigos de residência: 0,08%
  • Vestuário: 0,76%
  • Transportes: -5,24%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,81%
  • Despesas pessoais: 0,81%
  • Educação: 0,61%
  • Comunicação: -0,30%

 

A deflação no grupo de Transportes se deve principalmente, à queda no preço dos combustíveis (-15,33%). Segundo o IBGE, a gasolina caiu 16,80% e deu a maior contribuição negativa ao índice do mês (-1,07 ponto percentual).

 

Também foram registradas quedas no etanol (-10,78%), gás veicular (-5,40%) e óleo diesel (-0,56%). 

 

Já no grupo da Habitação, a queda está relacionada ao recuo nos preços da energia elétrica residencial (-3,29%). Isso se deve à redução da alíquota de ICMS cobrada sobre os serviços de energia elétrica e às revisões tarifárias extraordinárias de várias distribuidoras. 

 

O resultado do grupo Alimentação e bebidas (1,12%) foi influenciado principalmente pelo aumento nos preços do leite longa vida (14,21%), maior impacto individual positivo no índice do mês (0,14 ponto percentual). No ano, a variação acumulada do produto chega a 79,79%.

 

Todas as 11 áreas pesquisadas no IPCA-15 tiveram variações negativas em agosto. A menor variação ocorreu em Belo Horizonte (-1,58%), especialmente por conta da gasolina (-20,50%) e da energia elétrica (-13,11%). A maior variação, por sua vez, foi em São Paulo (-0,11%), cujo resultado foi influenciado pelas altas de 11,31% no leite longa vida e de 2,96% na energia elétrica.

 

Veja a variação do IPCA-15 nas cidades pesquisadas e os pesos regionais:

 

  • Belo Horizonte: -1,58% / 10,04%
  • Recife: -1,44% / 4,71%
  • Fortaleza: -1,31% / 3,88%
  • Curitiba: -1,23% / 8,09%
  • Goiânia: -1,12% / 4,96%
  • Brasília: -1,09% / 4,84%
  • Porto Alegre: -1,01% / 8,61%
  • Belém: -0,91% / 4,46%
  • Salvador: -0,82% / 7,19%
  • Rio de Janeiro: -0,26% / 9,77%
  • São Paulo: -0,11% / 33,45%

 

Fontes: G1

 

*Matéria produzida voluntariamente por Eduarda Lima e supervisionada pela jornalista Camilla Paes

 
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