A Polícia Civil apresentou nesta quarta-feira (6) a conclusão do inquérito que investigava as circunstâncias da morte de Jéssica Canedo, estudante de 22 anos de Araguari, no Triângulo Mineiro. 

A jovem tirou a própria vida em dezembro do ano passado, quando prints de uma suposta conversa íntima entre ela e o humorista Whindersson Nunes vazaram.

Segundo as investigações, a própria Jéssica criou e divulgou conteúdos do suposto relacionamento com o humorista. Ao todo, ela criou três perfis falsos. 

Nas conversas com as páginas de fofoca, ela se passava por outras pessoas e dizia ter um "furo". Em seguida, ela enviava prints de uma suposta conversa entre ela e Whindersson. Já em outra conversa, que teve com uma das páginas, Jéssica nega o envolvimento com o humorista.

Antes de tirar a vida, Jéssica publicou uma mensagem em sua conta no Instagram revelando que estava sofrendo ataques na internet.

Segundo a polícia, uma jovem de 18 anos, residente na cidade do Rio das Ostras (RJ), está sendo indiciada por incentivar o suicídio de Jéssica. A responsável pelo comentário enfrentará o processo em liberdade pelo crime de incentivo ao suicídio e, se condenada, poderá receber uma pena de 2 a 6 anos de reclusão. O nome da jovem não foi divulgado pela Polícia Civil.

As páginas de fofoca que divulgaram a suposta relação da menina com Whindersson Nunes, como a Choquei, não serão indiciadas. Segundo o delegado, disseminar fake news ainda não é considerado um crime no Brasil.

Com informações do G1