quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, está recrutando voluntários de 12 a 17 anos de idade, para participar dos testes da primeira vacina contra a chikungunya. Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos com 4.115 adultos, que agora está em fase final de aprovação, provou a eficiência e segurança do imunizante.
O estudo no Brasil é encabeçado pelo Instituto Butantan e está recrutando 750 adolescentes em dez centros de pesquisa. No estado de São Paulo, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas é o responsável pelos testes, que já começaram a ser feitos em uma parcela dos adolescentes participantes, no início do ano.
“A vacina é segura, e é uma dose única. Ela é muito importante porque ela combate uma doença que pode ter manifestações sistêmicas, como febre, muita dor no corpo, dor nas juntas, e casos mais graves, no caso de encefalite e até óbito. A vacina se mostrou segura nos adultos e, até o momento, nos adolescentes vacinados no Brasil, tem se mostrado segura”, disse a infectologista e pesquisadora do Instituto de Infectologia Emílio Ribas Ana Paula Veiga, coordenadora principal dos testes em São Paulo.
“Nós temos bastante experiência, fizemos parte do estudo da vacina CoronaVac, junto ao Butantan, tivemos vários voluntários, então é uma equipe bastante experiente em relação à pesquisa clínica, que vai dar suporte para o voluntário e para sua família”, disse a infectologista.
Interessados em fazer parte da pesquisa devem fazer o cadastro no formulário do instituto ou entrar em contato com o Centro de Pesquisa pelo número (11) 9 1026-6996 (WhatsApp) ou (11) 3896-1302 (telefone). Mais informações sobre a vacina estão disponíveis no site do estudo do Butantan.
Adolescentes que se interessarem em participar precisam de autorização dos pais ou responsáveis. Na primeira visita presencial, tanto o adolescente quanto os acompanhantes adultos terão que assinar um termo de consentimento. O documento traz todas as regras do estudo. Ainda na primeira etapa serão feitas consultas médicas e exames laboratoriais para se constatar que o voluntário está apto a participar do estudo.
O voluntário nas próximas etapas deverá receber a dose da vacina, que pode ser de imunizante ou de placebo. O jovem, então, passará a ser monitorado pela equipe multidisciplinar da Unidade de Pesquisa especialmente através de visitas presenciais à unidade e por conversas pelo WhatsApp. Um médico do estudo estará disponível 24 horas por dia, por telefone, para tirar dúvidas ou apoiar com atendimentos de qualquer eventual emergência. Caso o participante apresente algum evento adverso, ele poderá receber atendimento no Emílio Ribas.
Não há vacinas disponíveis atualmente contra a chikungunya. A doença é causada por vírus transmitido pelo Aedes aegypti, o mesmo que causa a dengue.
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