quinta-feira, 21 de novembro de 2024
As reclamações à Ouvidoria cresceram 84% na comparação entre os primeiros semestres dos anos anteriores
Redação Jornal Somos
Após dispararem no ano passado, as denúncias de golpes financeiros contra aposentados e pensionistas do INSS tiveram queda de 29% no primeiro semestre de 2018, segundo dados da Ouvidoria Previdenciária.
Entre janeiro e junho, o órgão recebeu 461 queixas. No mesmo período de 2017, a Ouvidoria havia registrado 649 relatos de beneficiários que se disseram vítimas de estelionatários.
O recuo nas denúncias em 2018 pode ser reflexo do aumento fora do comum ocorrido no ano anterior. Na comparação entre os primeiros semestres de 2016 e de 2017, as reclamações à Ouvidoria cresceram 84%, passando de 353 para 649.
O Ministério do Desenvolvimento Social, responsável pelo INSS, recomenda aos segurados não repassarem nenhum tipo de informação pessoal ou dados previdenciários a pessoas ou empresas desconhecidas.
Caso tenha dúvidas sobre o benefício, o segurado deve procurar as agências da Previdência ou ligar para o 135.
Caso já tenha sido vítima de algum intermediário, a recomendação do órgão ao beneficiário é que ele cadastre uma manifestação na Coordenação Geral da Ouvidoria Previdenciária e relate o ocorrido, informando detalhes. A reclamação pode ser registrada pelo telefone 135, escolhendo a opção “ouvidoria”, ou por meio do site do INSS (inss.gov.br).
FRAUDES CONTRA SEGURADOS
Aposentados e pensionistas do INSS devem ficar atentos para não cair em golpes; Há diversas modalidades aplicadas por golpistas, que podem trazer grandes prejuízos. Descontos de crédito consignado ou associações.
Os descontos podem ser ilegais quando:
• O beneficiário não pediu o empréstimo, mas teve a grana depositada na conta dele;
• O segurado não recebeu a grana do empréstimo, mas teve as parcelas descontadas;
• Fez e quitou o consignado, mas os descontos no benefício continuam;
• O aposentado paga mensalidade para uma organização à qual nunca se associou;
O que fazer?
• Registre um boletim de ocorrência em uma delegacia;
• Vá ao banco, peça extratos e faça uma reclamação formal;
• Ligue na Ouvidoria do INSS, no número 135, e, se possível, leve a reclamação por escrito em uma agência;
• Se o banco ou a associação não devolver o dinheiro, o segurado pode buscar a Justiça;
Golpe da revisão ou do falso precatório:
• Associações ou pessoas que se passam por funcionários do INSS entram em contato com segurados prometendo revisões;
• Também é oferecida grana de precatórios de processos desconhecidos pelo segurado;
Como os golpistas agem:
• O aposentado ou pensionista recebe um telefonema dizendo que o segurado tem direito a uma revisão no benefício;
• Há golpistas que mandam cartas com número de telefone para que o segurado entre em contato;
• Essas pessoas pedem o depósito de um valor para habilitar a revisão ou liberar a grana do precatório;
Como evitar?
• Não é comum que advogados peçam valores para entrar antecipadamente com ações, então, nunca deposite dinheiro com a promessa de ganhar uma revisão;
• O INSS não pode abordar segurados dessa maneira, por isso, desconfie do contato se alguém falar em nome do instituto;
• Procure a ouvidoria do INSS e registre um boletim de ocorrência na delegacia, caso desconfie se tratar de uma fraude;
Tome cuidado:
• Nunca forneça dados bancários ou de seu benefício por telefone a desconhecidos;
• Caso seja abordado, procure opiniões de outros advogados para ver se o direito realmente existe;
• Desconfie de quem promete boladas de dinheiro em ações totalmente desconhecidas;
Servidores também são vítimas
• Não são só aposentados e pensionistas do INSS que são vítimas de quadrilhas;
• Servidores inativos de estados e prefeituras também podem se dar mal na mão de golpistas;
• Ao receber telefonemas ou correspondências prometendo precatórios ou revisões, procure o órgão responsável para confirmar se o contato é real;
• Não realize transferência de valores a desconhecidos;
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