quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Mario Oliveira/ MTUR
Nesta sexta-feira (27), dados do Deter, sistema de alertas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontaram que foram desmatados 99 km² de floresta da Amazônia em janeiro de 2023. Os números, atualizados até o dia 20, ainda devem aumentar até o fim do ano, porém estão abaixo dos 430 km² registrados em janeiro do ano passado.
Até o momento este é o terceiro número mais baixo para o mês da série histórica recente do Deter (Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real), iniciada em 2015. O número fica acima de 2017, que registrou 58,2 km², e de 2021, com 82,8 km² de floresta derrubados. Janeiro faz parte da época de chuvas na Amazônia, compreendida entre os meses de novembro de um ano a março do seguinte.
Os indicadores são os primeiros no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem Marina Silva (Rede) no comando da pasta de Meio Ambiente.
Nos últimos anos, com a fiscalização enfraquecida, organizações criminosas aumentaram a exploração de ouro em terras indígenas, grilagem de terras e esquemas de madeira ilegal. O governo Lula ainda precisa enfrentar o cenário e cumprir promessas de desmatamento zero e redução de emissões, reforçadas no discurso de posse.
Em novembro do ano passado, o então presidente eleito foi à COP27, a conferência do clima da Organização das Nações Unidades (ONU) realizada no Egito. Lá, ele sinalizou que seu governo seria diferente do de Bolsonaro.
As primeiras operações contra desmatamento na Amazônia se iniciaram na semana passada, quando agentes do Ibama lideraram incursões contra o desmatamento em Acre, Pará e Roraima.
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) revogou no dia 16 de janeiro a instrução normativa que flexibilizava a exploração de madeira em terras indígenas, permitindo que não indígenas participassem do manejo.
O novo governo também aposta em doações do Fundo Amazônia, reativado no dia 1º de janeiro deste ano. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse no Fórum Econômico Mundial, em Davos, no dia 18 de janeiro, que a base de doadores do fundo pode ser expandida para reforçar o combate a crimes ambientais.
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De acordo com a presidente da equipe, Kenia Leite, o objetivo é figurar entre as 5 melhores equipes da competição.