quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta quarta-feira (11/05), que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), responsável por medir a inflação oficial do país, desacelerou para 1,06% em abril em comparação com o mês anterior. Esse foi o maior resultado para o mês de abril desde 1996 (1,26%). Em março o índice alcançou 1,62%.
De acordo com o instituto, no ano, o indicador acumula uma alta de 4,29% e, nos últimos 12 meses, de 12,13%, acima dos 11,30% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2021, a variação havia sido de 0,31%.
Alimentação e bebidas e transportes são responsáveis pelos principais impactos. Os dois grupos juntos contribuíram com cerca de 80% do IPCA de abril.
“Alimentos e transportes, que já haviam subido no mês anterior, continuaram em alta em abril. Em alimentos e bebidas, a alta foi puxada pela elevação dos preços dos alimentos para consumo no domicílio (2,59%). Houve alta de mais de 10% no leite longa vida e em componentes importantes da cesta do consumidor como a batata-inglesa (18,28%), o tomate (10,18%), o óleo de soja (8,24%), o pão francês (4,52%) e as carnes (1,02%)”, diz o analista da pesquisa, André Almeida.
A alta dos transportes foi puxada principalmente pelo aumento nos preços dos combustíveis, assim como no mês anterior, com destaque para a gasolina, com uma alta de 2,48%.
“A gasolina é o subitem com maior peso no IPCA, mas os outros combustíveis também subiram. O etanol subiu 8,44%, o óleo diesel, 4,74% e a ainda houve uma alta de 0,24% no gás veicular”, acrescenta Almeida.
Ainda segundo o IBGE, houve uma aceleração nos grupos saúde e cuidados pessoais (1,77%) e artigos de residência (1,53%).
A alta no grupo da saúde e cuidados pessoais decorre principalmente do aumento nos preços dos produtos farmacêuticos (6,13%). No dia 1º de abril, foi autorizado o reajuste de até 10,89% no preço dos medicamentos.
Os produtos de higiene pessoal também tiveram alta (0,85%). Já o plano de saúde segue com variação negativa de -0.69% segue com variação negativa, refletindo o reajuste negativo de 8,19% aplicado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no ano passado.
A habitação foi o único grupo a apresentar queda no IPCA de -1,14%, devido à queda nos preços da energia elétrica (-6,27%) com a mudança da bandeira de escassez hídrica para bandeira tarifária verde.
Por outro lado, foram registradas altas no gás de botijão (3,32%) e no gás encanado (1,38%).
INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 1,04% em abril, porcentagem abaixo da registrada no mês anterior (1,71%). Essa foi a maior variação para abril desde 2003, quando foram registrados 1,38%. O INPC acumula uma alta de 4,49% e, nos últimos 12 meses, de 12,47% acima dos 11,73% dos 12 meses anteriores. Em abril de 2021 a taxa foi de 0,38%.
(Com informações CNN)
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