quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
A inflação calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acelerou de 0,87% em agosto para 1,16% em setembro, fazendo com que o índice acumulado em 12 meses chegasse a 10,25%. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa foi a maior taxa para meses de setembro desde o início do Plano Real em 1994, quando o índice foi de 1,53%.
A gasolina representa quase 2 pontos percentuais dentro dessa taxa de 10,25% e foi o item individual de maior impacto. Depois dela vieram: energia elétrica, carnes e o gás de cozinha.
Apesar da escalada da inflação, o resultado de setembro ficou um pouco abaixo do esperado, e dentro do intervalo das projeções médias de 38 instituições financeiras (de 1,13% a 1,42%). No ano, o IPCA acumula 6,9%, com essa taxa, a inflação fica acima da meta estabelecida pelo Banco Central para esse ano que é de 3,75%.
Os dados do IBGE se referem às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos, abrangendo dez regiões metropolitanas no país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.
Dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados, 8 tiveram alta em setembro. Um dos maiores impactos (0,41 ponto percentual) e a maior variação vieram do grupo de habitação puxado principalmente pela alta da energia elétrica (6,47%), consequência, é claro, da crise hídrica pela qual o país está passando e, que fez com que começasse a valer a “bandeira de escassez hídrica” que acrescenta R$14,20 na conta de luz a cada 100kWh consumidos.
O Banco Central, para tentar conter a inflação, vem fazendo sucessivos aumentos na Selic, a taxa básica de juros, e já sinalizou a manutenção dessa prática. Subindo os juros, o BC procura reduzir o consumo, forçando os preços a cair. A consequência ruim dessa prática é a de que ela acaba segurando o crescimento econômico tão almejado pelos empresários e pelo governo brasileiro.
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