quarta-feira, 25 de junho de 2025
Foto: X
Usuários do iFood têm reclamado nas redes sociais sobre o uso de imagens de refeições geradas por inteligência artificial nos cardápios do aplicativo. Muitos afirmam que as fotos não correspondem ao que é entregue e consideram a prática enganosa, cobrando mais transparência da plataforma.
De acordo com o Procon-SP e o Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), embora não haja proibição no uso de IA para criar ou melhorar imagens, elas devem representar fielmente o produto e conter aviso claro de que são meramente ilustrativas. Caso contrário, pode configurar propaganda enganosa.
“A empresa que usa essa tecnologia assume o risco de frustração e pode ser responsabilizada se houver diferença entre imagem e produto”, explica Igor Marchetti, advogado do Idec.
Em resposta, o iFood afirmou que orienta os restaurantes a utilizar imagens com IA apenas quando elas forem fiéis ao prato real. A empresa também informou ter atualizado suas diretrizes, com o envio de comunicados, vídeos e materiais educativos aos parceiros, além de reforçar a possibilidade de denúncia de inconsistências diretamente no app.
O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) reforça que os anúncios não podem induzir o consumidor ao erro, enquanto a Abrasel-SP (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo) destaca que o uso de IA nas fotos ainda é pouco comum, justamente pelo receio de perder a confiança do cliente.
Nas redes sociais, cresce a pressão para que o iFood proíba ou, ao menos, fiscalize de forma mais rigorosa o uso de imagens geradas por IA. Para os consumidores, a transparência é essencial — especialmente quando só se vê o prato de verdade depois que ele chega.
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