quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Nesta quarta-feira (30), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a taxa de desemprego no Brasil caiu a 8,3% no trimestre encerrado em outubro. Esta é a menor taxa para o período desde 2014.
De acordo com pesquisa da Reuters, o mercado esperava uma taxa de 8,5% no período.
Em relação ao trimestre anterior, de maio a julho, houve uma queda de 0,8 ponto percentual (p.p.). A queda, em comparação com o mesmo trimestre de 2021, foi de 3,8 p.p.
No período, contingente de pessoas ocupadas atingiu um novo recorde da série histórica iniciada em 2012, com aumento de 1%, para 99,7 milhões.
“Este momento de crescimento de ocupação já vem em curso desde o segundo semestre de 2021. Com a aproximação dos últimos meses do ano, período em que historicamente há aumento de geração de emprego, a tendência se mantém”, diz Adriana Beringuy, coordenadora da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, em nota.
A população desocupada foi de 9 milhões de pessoas, representando um recuo de 8,7% em comparação com o tri encerrado em julho, de menos de 860 mil pessoas. De acordo com o IBGE esse é o menor nível desde julho de 2015.
Grupo com carteira assinada e renda crescem
O número de empregados com carteira de trabalho no trimestre encerrado em outubro cresceu 2,3% (822 mil pessoas), chegando a 36,6 milhões.
“Esse índice segue em alta há mais de um ano, o que mostra não apenas que o mercado de trabalho está em expansão numérica de ocupados, mas também apresentando algum crescimento na formalização da população ocupada”, diz Beringuy.
O que também teve aumento foi o rendimento real habitual, registrando alta de 2,9% em relação ao trimestre anterior, a R$ 2.754. A massa de rendimento real habitual atingiu recorde da série histórica, totalizando R$ 269,5 bilhões, um crescimento de 4% no trimestre e 11,5% na comparação anual.
Ainda de acordo com o IBGE, entre as funções com maiores altas empregados no setor público (inclusive servidor estatutário e militar) (3,4%, ou mais R$ 137) e conta própria (3,3% ou mais R$ 69), além do empregado com carteira de trabalho assinada (3,1%, ou mais R$ 79).
Entre os grupamentos, os maiores aumentos foram em transporte, armazenagem e correio (6,5%, ou mais R$ 163), agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (5,7%, ou mais R$ 100) e Construção (5,5%, ou mais R$ 114).
Taxa de informalidade
No setor privado, o número de empregados sem carteira assinada bateu o recorde da série, chegando 13,4 milhões de pessoas, um aumento de 2,3% (297 mil pessoas) contra o trimestre anterior e de 11,8% (1,4 milhão de pessoas) no ano.
Outro a bater o recorde da série histórica foi o número de empregados no setor público de 12,3 milhões, com alta de 2,3% no trimestre. A taxa de informalidade foi 39,1% da população ocupada, menor que o trimestre anterior, quando foi registrado 39,4%, e no mesmo período do ano passado, quando atingiu 40,7%.
O número de trabalhadores informais chegou a 39 milhões.
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