quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Foto: Divulgação/CRE Rio Verde
O governo federal decidiu encerrar o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim). A decisão foi informada aos secretários de Educação de todo o País por meio de um ofício. criado em 2019, o Pecim permitia a transformação de escolas públicas para o modelo cívico-militar.
O formato propunha que educadores civis ficassem responsáveis pela parte pedagógica, enquanto a gestão administrativa passava para os militares. Cerca de 200 escolas aderiram ao formato até 2022, de acordo com os dados divulgado pelo MEC no site do programa. Segundo o Censo Escolar, o Brasil tem 178,3 mil escolas públicas. O total das escolas implantadas no modelo representa aproximadamente 0,1% do total no país.
O programa foi alvo de críticas desde o começo. Segundo especialistas ouvidos pelo g1, faltavam de dados públicos que comprovassem a eficácia do modelo. Para Gabriel Corrêa, gerente de Políticas Educacionais da ONG do Todos Pela Educação, o formato era falho e deveria ser limitado a escolas militares oficiais, além de, em algumas regiões, não deixa opção para quem não quiser o modelo.
Em Goiás, porém, que possui o programa dos Colégios Estaduais da Polícia Militar de Goiás (CEPMG) desde 1998, e conta atualmente com cerca de 75 unidades, não será afetado. Única escola goiana que ainda estava no Pecim, o CMEF Professor José Nogueira de Moraes, em Aragarças, já está em processo de transição do programa federal para o estadual.
De acordo com a lista do programa, Goiás teve sete escolas que aderiram ao programa federal. Porém, a Secretaria de Estado da Educação informou que, até o fim de 2022, todas elas foram migradas para o modelo de CEPMG. Conforme a lista, apenas o colégio municipal de Aragarças ainda estava no Pecim.
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