quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19 foi apresentado, nesta quarta-feira (24), pelo governo federal. O documento já havia sido entregue, na última sexta-feira (11), ao Supremo Tribunal Federal (STF). Algumas novidades foram divulgadas na cerimônia referentes à campanha de comunicação, às vacinas produzidas no Brasil e ao termo de responsabilidade. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), esteve presente na solenidade e elogiou a postura e as medidas adotadas pela União.
Em publicação no Twitter, Caiado afirmou que o governo federal “mostrou que se preocupa com todos os brasileiros” e parabenizou pela iniciativa, destacando o slogan da campanha: “somos uma só nação”. Para o governador, este foi um fator que demonstrou que não há prioridade de um estado sobre o outro. “Não tem estado melhor do que o outro. Tem o governo federal se ocupando de todos e distribuindo a vacina de acordo com os grupos de risco. Parabéns, presidente. Parabéns, ministro da Saúde”, disse em vídeo.
Estamos perto de levar a vacina contra a Covid-19 não só para um estado ou outro, mas para todos os brasileiros. O @govbr mostrou que se preocupa com todos os brasileiros e incluiu a vacina contra a Covid-19 no plano Nacional de Imunização. #vacinaparatodos pic.twitter.com/lpnEMDUqr6
— Ronaldo Caiado (@ronaldocaiado) December 16, 2020
Um dos grandes destaques da apresentação do plano foi a afirmativa, feita pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, de que o Sistema Único de Saúde (SUS) irá priorizar todas as vacinas produzidas no Brasil, o que inclui a CoronaVac, confeccionada pela farmacêutica chinesa em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo. A medida é considerada uma surpresa, uma vez que, anteriormente, o presidente Jair Bolsonaro havia desautorizado a aquisição deste imunizante.
“Todas as vacinas produzidas no Brasil, ou pelo Butantan, pela Fiocruz ou qualquer indústria, terão prioridade do SUS e isso está pacificado”, assegurou o chefe da pasta.
Outro ponto que chamou a atenção foi a afirmativa de que será necessário a assinatura de um termo de responsabilidade, porém somente para aqueles que tomarem a vacina de uso emergencial. De acordo com o ministro, isso não será necessário para os imunizadores que obtiverem o registro definitivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A exigência do termo de responsabilidade é criticada por especialistas, que afirmam que tal medida poderá fazer com que as pessoas desistam de se vacinarem devido à burocracia.
A pasta da Saúde ainda afirmou que irá lançar uma campanha de comunicação em duas fases, sendo que a primeira começou já nesta quarta (16). A etapa inicial consiste na divulgação de informações sobre o processo de produção, aprovação, escolha e distribuição de vacinas. O objetivo da propagação de informações é tranquilizar a população quanto à eficácia e segurança do imunizante. A segunda fase será, efetivamente, durante a vacinação, onde os grupos a serem imunizados serão convocados a comparecerem nos postos de vacinação.
Apesar de o presidente Bolsonaro ter afirmado, na terça-feira (15), que não irá se vacinar, bem como ter dito, no fim de fevereiro e início do mês de março, que havia uma “histeria” em relação à doença, hoje (16), durante o evento de apresentação do plano, o político informou que a pandemia de Covid-19 foi algo que “afligiu desde o início”.
“Realmente, nos afligiu desde o início. Não sabíamos o que era esse vírus, como ainda não sabemos em grande parte, dr. Caiado [referindo-se ao governador de Goiás]. E nós todos, irmanados, estamos na iminência de apresentar uma alternativa concreta para nos livrarmos desse mal. A grande força que todos nós demonstramos agora é a união para buscar a solução de algo que nos aflige há meses. Se algum de nós extrapolou ou até exagerou, foi no afã de buscar solução”, assegurou o presidente.
(Com informações do G1 e da Agência Brasil)
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