quinta-feira, 21 de novembro de 2024
O governo federal tomou a decisão de adiar em todo o país a aplicação das provas do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) devido às intensas chuvas que assolam o Rio Grande do Sul. O certame, considerado o maior já realizado no Brasil, estava agendado para o próximo domingo (5), porém, diante da situação emergencial, a medida visa assegurar a integridade e a igualdade de oportunidades a todos os concorrentes. Uma nova data ainda não foi divulgada.
O anúncio oficial do adiamento foi realizado pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, e pelo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta. Segundo a ministra, "a conclusão que tivemos hoje é que é impossível fazer a prova no Rio Grande do Sul. O nosso objetivo, desde o início, é garantir o acesso de todos os candidatos", reforçou ela. O ministro Paulo Pimenta complementou afirmando que "a solução mais segura para todos os candidatos de todo o país é o adiamento da prova".
Anteriormente, o ministro Paulo Pimenta já havia informado que o governo estava avaliando a possibilidade de adiar as provas no Rio Grande do Sul, estado que conta com 86 mil candidatos inscritos em dez cidades.
O CPNU é reconhecido como o concurso de maior abrangência já realizado no país, com 3.665 locais de aplicação e 75.730 salas em todo o território nacional. Ao todo, 2,144 milhões de candidatos inscritos no processo seletivo disputarão 6.640 vagas oferecidas por 21 órgãos públicos federais.
Enchente
O estado do Rio Grande do Sul enfrenta uma grave situação de enchentes decorrentes das intensas chuvas. De acordo com o boletim da Defesa Civil estadual divulgado nesta sexta-feira pela manhã, já foram registradas 31 mortes em decorrência dos temporais em todo o estado. Além disso, há 74 pessoas desaparecidas e 56 feridos. O desastre afetou 235 municípios, totalizando 351.639 pessoas impactadas, das quais 17.087 estão desalojadas e 7.165 estão em abrigos. O governador Eduardo Leite alertou que esses números tendem a aumentar nos próximos dias, evidenciando a gravidade da situação.
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