quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O governo brasileiro, por meio do Ministério das Relações Exteriores, se pronunciou, nesta quinta-feira (24), sobre o ataque e invasão na Ucrânia realizados pela Rússia, pedindo a estes países que suspendam imediatamente as “hostilidades” e iniciem negociações diplomáticas. De outro lado, o presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda não se manifestou sobre o caso, apesar de ter tido a oportunidade durante discurso feito para apoiadores, nesta manhã (24), em São José do Rio Preto.
“O Governo brasileiro acompanha com grave preocupação a deflagração de operações militares pela Federação da Rússia contra alvos no território da Ucrânia. O Brasil apela à suspensão imediata das hostilidades e ao início de negociações conducentes a uma solução diplomática para a questão, com base nos Acordos de Minsk e que leve em conta os legítimos interesses de segurança de todas as partes envolvidas e a proteção da população civil”, informou o Itamaraty, por meio de nota.
Apesar do pronunciamento da pasta das Relações Exteriores, há uma expectativa em torno de uma manifestação – ainda não feita – de Bolsonaro, assim como vários outros presidentes estão realizando, em especial pelo fato de o político ter realizado viagem oficial à Rússia na semana passada, onde chegou a afirmar, ao lado do presidente russo Vladimir Putin, que é solidário ao país – sem especificar sobre o quê – declaração que resultou em um desgaste para a diplomacia brasileira, principalmente com os Estados Unidos.
A oportunidade de uma manifestação ocorreu nesta manhã de quinta-feira (24), durante a inauguração de um complexo viário na BR-153, na cidade de São José do Rio Preto (SP), onde Bolsonaro discursou por 20 minutos para apoiadores. Antes desse evento, enquanto ele se dirigia para embarcar à São Paulo, o presidente já havia conversado com apoiadores na frente do Palácio da Alvorada, mas em ambas as ocasiões, deixou de citar o conflito entre Rússia e Ucrânia.
Diferentemente de Bolsonaro, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) utilizou de sua chegada ao Palácio do Planalto nesta quinta (24) para se pronunciar sobre os conflitos, afirmando que o “Brasil não está neutro” em relação à Ucrânia, informando, ainda, que ele acredita que é preciso ser feito “o uso da força” e oferecerem “um apoio à Ucrânia maior do que o que está sendo colocado”.
“O Brasil não está neutro. O Brasil deixou muito claro que ele respeita a soberania da Ucrânia. Então, o Brasil não concorda com uma invasão do território ucraniano. Isso é uma realidade (...) Se o mundo ocidental, pura e simplesmente, deixar que a Ucrânia caia por terra, o próximo vai ser a Moldávia, depois os estados bálticos e depois sucessivamente, igual a Alemanha hitlerista fez no final dos anos 30”, disse Mourão.
(Com informações do G1, da CNN Brasil e do Poder 360º)
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