Nesta segunda-feira (20), o governo federal anunciou a retomada do programa Mais Médicos, com a abertura de 15 mil novas vagas. O programa, que rebatizado de Mais Médicos para o Brasil, foi criado em 2013 e marcado pela contratação de médicos cubanos, passa a incluir outras áreas de saúde, como dentistas, enfermeiros e assistentes sociais, e promete priorizar profissionais brasileiros.

Deste total de 15 mil vagas, 5 mil serão abertos através de edital já neste mês de março. As 10 mil restantes serão oferecidas em formato que prevê a contrapartida de municípios que, segundo o governo federal, garante às prefeituras menor custo, maior agilidade na reposição do profissional e condições de permanência nessas localidades. Em 2023 o investimento é de R$ 712 milhões por parte da União.

O programa atualmente conta com 18 mil vagas, sendo 13 mil profissionais atuando e 5 mil postos desocupados.

As bolsas continuarão sendo de R$ 12,8 mil. Os médicos recebem ainda auxílio-moradia, que varia de acordo com a região em que morarem.

O governo federal ainda mantém as vagas preenchidas de editais do programa Médicos pelo Brasil, criado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. A iniciativa é paralela ao Mais Médicos, e não será afetada pelo relançamento do programa.

Até dezembro, segundo o governo federal, é previsto que cerca de 28 mil profissionais sejam fixados no país, principalmente em áreas de extrema pobreza. Estima-se que 96 milhões de pessoas tenham garantia de atendimento médico na atenção primária, considerada porta de entrada do SUS.

Podem participar do programa, profissionais brasileiros e intercambistas, brasileiros formados no exterior ou estrangeiros, que continuarão atuando com registro do Ministério da Saúde. Médicos brasileiros formados no país terão preferência na seleção.