sexta-feira, 03 de outubro de 2025
Foto: Pixabay
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) confirmou, no início da tarde desta sexta-feira (3), o primeiro caso suspeito de intoxicação por metanol em Goiás. A paciente é uma jovem de 25 anos, moradora de Itapaci, que está internada na UTI do Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), sob cuidados da equipe multidisciplinar.
A notificação foi feita pelo Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Goiás (Ciatox). Segundo a SES, o caso segue em investigação, já que exames laboratoriais ainda estão sendo realizados para confirmar ou descartar a contaminação.
Após os episódios registrados em Pernambuco e São Paulo, o governador Ronaldo Caiado determinou, na última quarta-feira (1º), uma operação de fiscalização em distribuidoras de bebidas em todo o estado. A ação envolve forças policiais e equipes da Secretaria de Saúde, responsáveis pelo controle sanitário.
O metanol é um composto químico usado em produtos industriais e domésticos, como diluentes, anticongelantes e vernizes. Apesar de ter aspecto e cheiro semelhantes ao álcool comum, é altamente tóxico e, em alguns casos, utilizado na fabricação de bebidas adulteradas.
A ingestão de pequenas quantidades pode causar danos graves à saúde, afetando principalmente o cérebro e os olhos, podendo levar à cegueira, coma ou até à morte. Os primeiros sintomas surgem entre 40 minutos e 72 horas após a ingestão e incluem confusão, vômitos, tontura e queda de pressão arterial.
O tratamento deve ser iniciado assim que houver suspeita de intoxicação. Em ambiente hospitalar, podem ser usados medicamentos específicos e até diálise para ajudar na eliminação do composto. O antídoto é o etanol, que, ao ser metabolizado, reduz os efeitos tóxicos do metanol no organismo, mas precisa ser administrado de forma imediata.
Com informações de Mais Goiás.
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