sábado, 20 de abril de 2024

Brasil

Gasolina fica mais cara a partir de hoje (27) com novo reajuste

POR | 27/01/2021
Gasolina fica mais cara a partir de hoje (27) com novo reajuste

Arquivo/ANP

A

A Petrobras anunciou ontem, terça feira (26/01/2021) um reajuste de 5% para o preço da gasolina. Esse é o segundo somente neste ano de 2021, já que em 18 de janeiro, a gasolina teve aumento de 8%.  Com isso, o combustível acumula alta de 13,4% em 2021. O diesel também será reajustado em 4,4%.

 

 

 

Os novos valores inclusive já começaram a vigorar a partir de hoje, quarta feira (27). Vale ressaltar que a nova política da Petrobras, inaugurada este ano, é não revelar os percentuais de aumento, apenas os novos preços praticados nas suas refinarias. Segundo a estatal, “o preço médio de gasolina da Petrobras para as distribuidoras passa a ser de R$ 2,08 por litro, refletindo um aumento médio de R$ 0,10 por litro”. Ao fim de 2020, o valor da gasolina era de R$ 1,83. “O preço médio do diesel, por sua vez, passará a ser de R$ 2,12 por litro, refletindo uma aumento médio de R$ 0,09 por litro”, informou.

 

A empresa explicou que “os preços praticados têm como referência os preços de paridade de importação e, dessa maneira, acompanham as variações do valor do produto no mercado internacional e da taxa de câmbio, para cima e para baixo”. “Importante ressaltar também que os preços da gasolina e do diesel vendidos na bomba dos postos revendedores é diferente do valor cobrado nas refinarias pela Petrobras. Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos próprios postos revendedores de combustíveis”, acrescentou, como faz em todas as notas de reajuste.

 

 

 

De acordo com Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o aumento anunciado pela estatal nas refinarias está aquém do necessário, prejudicando a concorrência. Para a associação, o reajuste deveria ocorrer com mais intensidade, de R$ 0,34 no diesel e de R$ 0,2310 na gasolina.

 

 

 

Entretanto o reajuste apresentado ontem vem em pior momento, já que existe uma paralisação dos caminhoneiros aprovada em assembléia marcada para o dia 1º de fevereiro, segunda feira. E a categoria parecia que não teria força, após a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) publicar na semana passada um documento afirmando que "este não é o momento ideal para uma paralisação". Ainda em nota, a CNTA, destacou o cenário positivo do transporte de cargas no Brasil e o relacionamento com o governo. "A CNTA acredita que a deflagração de uma greve, especialmente de caminhoneiros, deve ocorrer somente quando esgotadas todas as alternavas plausíveis de discussão e negociação", afirma. Contudo no mesmo documento não deixou de apoiar qualquer atitude que surja.

 

 

 

E agora o contexto mudou após a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL) declarar ontem (26/01) que apoiará a paralisação nacional de caminhoneiros agendada para 1º de fevereiro. Em nota, a entidade, que afirma reunir 800 mil motoristas autônomos e com carteira assinada, reitera as pautas defendidas pelo movimento paradista, principalmente a falta de avanços na legislação para a criação de um piso mínimo de frete. O porta-voz da entidade, Carlos Alberto Litti Dhamer, critica a falta de ação do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) e do Supremo Tribunal Federal (STF) na condução do assunto.

 

“Lamentável o reajuste da Tabela do Piso Mínimo de Frete, realizada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Até hoje não tivemos o julgamento do piso pelo STF. Não podemos suportar essa situação. Hoje temos um piso mínimo de fome. Para nós, inconstitucional é a fome e a exploração. Vamos dar um basta nisso. Vamos cruzar os braços no dia 1º de fevereiro”, afirmou.

 

 

O Ministério da Infraestrutura afirmou em comunicado que não aceita receber para negociar nenhuma entidade que fale em indicativo de greve. "Nenhuma associação isolada pode reivindicar para si falar em nome do transportador rodoviário de cargas autônomo e incorrer neste tipo de conclusão compromete qualquer divulgação fidedigna dos fatos referentes à categoria." Diz Ministério da Infraestrutura

 

 

 

(Com informações do Correio e Agência Brasil)

Jornal Somos

Jornal Somos

Jornal online com a missão de produzir jornalismo sério, com credibilidade e informação atualizada, da cidade de Rio Verde e região.

COMPARTILHE: