O preço cobrado no gás de cozinha, o GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), atingiu a maior média mensal real (descontando o índice da inflação) do século 21, no Brasil, com os botijões de 13 kg sendo vendidos à R$ 113,48 – quantia que representa 9,4% do salário mínimo, conforme dados do levantamento feito pelo Observatório Social da Petrobras, ligado à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).

A base da pesquisa foi o preço médio mensal do gás de cozinha e a média dos valores semanais para o mês de abril – números, estes, que forma divulgados na terça-feira (26) pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). A proporção entre o preço do gás e o valor do salário mínimo é a maior desde o mês de março de 2007, onde o botijão custava R$ 33,06 e o salário mínimo era R$ 350.

Uma das consequências deste aumento no preço do GLP é a venda e uso de lenha como uma substituta ao gás. De acordo com o economista Eric Gil Dantas, do OSP e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), “entre os anos de 2013 e 2016, de acordo com dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a população consumia mais GLP do que lenha. Mas a partir de 2017, a lenha voltou a ser mais utilizada do que o gás de cozinha nas residências do país. E, em 2020, esse consumo já era 7% maior do que o de GLP”.

Petrobras aumenta produção de petróleo e gás

Em meio à recordes de preços, a Petrobras anunciou um aumento de 3,4% na produção média de óleo, líquidos de gás natural (LGN) e gás natural, no primeiro trimestre de 2022 quando comparado ao quatro trimestre de 2021. O resultado foi divulgado, nesta quarta-feira (27), nos dados do Relatório de Produção e Vendas.

“Este resultado se deu, principalmente, em razão da crescente produção dos FPSOs [navios plataformas] Carioca (campo de Sépia) e P-68 (campos de Berbigão e Sururu), localizados no pré-sal da Bacia de Santos, e da entrada em operação de novos poços no pós-sal na Bacia de Campos”, informou a companhia.

(Com informações do Mais Goiás)