Durante o novo mandato, o presidente terá mais de 50 projetos para tirar da lista de espera de desestatilização.

O próximo presidente da república vai herdar 52 projetos em andamento para serem leiloados durante o mandato. Isso significa que o governo federal pode partilhar ou ceder todos os direitos de tais projetos para corporações privadas, através do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI).

A soma dos investimentos nos projetos que serão herdados é de 78 bilhões. O PPI criado em 2016, que tem o objetivo de fortalecer a relação entre o Estado e a ação privada, provavelmente será mantido já que o Tesouro Nacional não será capaz de suprir os gastos necessários. No plano de governo dos dois candidatos à presidência no segundo turno resolver o problema do programa de concessões é prioridade.

Os projetos que já estão em uma execução mais adiantada não devem demorar para serem concedidos às corporações. A nova gestão vai tentar adiantar esse processo, mas como a decisão depende da influência do Congresso, que também será novo, pode ser que o andamento não seja o planejado.

Em Goiás, os projetos que estão nessa lista são: as rodovias BR-153 e BR-364/365 e as ferrovias EF-354 e EF-151. Em âmbito nacional, a concessão da Eletrobras é o tema mais delicado e provavelmente o que levará mais tempo.

As vantagens da desestatização incluem maiores investimentos, imparcialidade política das empresas e a desburocratização dos serviços. Por outro lado, as desvantagens são o custo para o consumidor e a diminuição de serviços à população, já que nem todos podem pagar.