sábado, 23 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
No início da manhã de hoje (1º), o senador Flavio Bolsonaro (PSL-RJ) saiu em defesa do irmão e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Em sua publicação ele criticou a intenção dos partidos de oposição instaurarem um processo de cassação do mandato por uma declaração sobre o AI-5 (Decretado em 1968, durante a ditadura militar, o AI-5 fechou o Congresso Nacional, cassou mandatos, suspendeu o direito a habeas corpus para crimes políticos, entre outras medidas. O ato é considerado o início do período mais duro da ditadura, que posteriormente ganhou a alcunha de "anos de chumbo".)
Para o senador, a medida seria como um AI-6, que também foi criado durante a ditadura militar. "A simples tentativa de cassar o mandato de um deputado POR FALAR já é o próprio AI-6", escreveu Flavio no Twitter.
— Jornal Somos (@JornalSomos) November 1, 2019
O presidente Jair Bolsonaro lamentou a fala do filho, ainda ontem, na saída do Palácio da Alvorada. “Quem está falando sobre AI-5 está sonhando. Não existe. AI-5 no passado, existia outra Constituição, não existe mais. Esquece. Vai acabar a entrevista aqui. Cobrem dele (Eduardo). Quem quer que seja que fale em AI-5 tá falando… tá sonhando. Tá sonhando! Tá sonhando! Não quero nem ver notícia nesse sentido aí”, afirmou Bolsonaro. “Olha, cobre você dele. Ele é independente. Tem 35 anos se eu não me engano. Mas tudo bem. Lamento… Se ele falou isso, que eu não tô sabendo, lamento, lamento muito”, afirmou. Bolsonaro era aguardado por uma excursão de crianças na saída do palácio.
Deputado
Ontem, quinta feira (31), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) usou algumas expressões sobre reeditar "um novo AI-5" caso a esquerda brasileira se "radicalize". "Alguma resposta tem que ser dada", disse o parlamentar em entrevista à jornalista Leda Nagle. As afirmativas geraram uma grande repercussão e indignação em diversos setores da sociedade e em partidos políticos da esquerda e da direita.
Cassação
Deputados de oposição pediram a cassação de seu mandato. A possibilidade de punição foi levantada pelo próprio presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), poucas horas após as declarações do deputado. Em nota, Maia afirmou que a "apologia reiterada a instrumentos da ditadura é passível de punição pelas ferramentas que detêm as instituições democráticas brasileiras".
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De acordo com a presidente da equipe, Kenia Leite, o objetivo é figurar entre as 5 melhores equipes da competição.