quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O Carnaval que antecedeu o Dia Internacional das Mulheres deste ano foi recorde de feminicídios desde o ano passado, além de ser marcado por extrema violência contra as mulheres, especialmente na Região Sudeste.
Na cidade de Borborema (SP), uma mulher de 29 anos foi morta por estrangulamento pelo próprio namorado, na terça feira (5). Na mesma madrugada, uma mulher de 35 anos morreu durante um parto de emergência após ser espancada pelo marido em Barra Mansa (RJ). No dia anterior (4), em Dores do Rio (ES), uma mulher de 36 anos foi espancada e encontrada pela família em uma rodovia com o rosto desfigurado. O principal suspeito do crime é o marido.
O delegado que investiga o caso, Ricart Teixeira, disse ter ficado chocado com a imagem da última vítima. “Em 28 anos de profissão, nunca vi uma coisa daquelas”, disse à Agência Brasil. A vítima está internada na Casa de Caridade de Carangola (MG). O marido está foragido e é procurado no Espírito Santo e em Minas Gerais.
Nenhum dos três casos foram registrados até o momento na Ouvidoria (Ligue 180) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) e, portanto, ainda não compõem os dados oficiais sobre feminicídio e tentativa de feminicídio no Brasil.
No ano passado, 53 assassinatos de mulheres foram classificados como feminicídio pelo MMFDH, mais do que o dobro registrado em 2017: 24 casos. Segundo o ministério, houve 7.036 tentativas de feminicídio em 2018 – 2,5 vezes a mais do que no ano anterior: 2.749.
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