terça-feira, 03 de dezembro de 2024
Redação Jornal Somos
Organizações repudiaram o ataque feito pelo presidente Jair Bolsonaro à jornalista Constança Rezende, repórter do jornal O Estado de S. Paulo, baseado no relato desfigurado de uma conversa.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgaram nota na qual dizem que “quando um governante mobiliza parte significativa da população para agredir jornalistas e veículos, abala um dos pilares da democracia, a existência de uma imprensa livre e crítica”.
Em seu perfil no Twitter, nesse domingo (10), o presidente publicou que a jornalista disse “querer arruinar a vida de Flávio Bolsonaro” e divulgou um áudio dela com uma pessoa não identificada. A transcrição da gravação não coincide com a interpretação que o presidente faz das falas.
A gravação havia sido publicada pelo site Terça Livre, alimentado por apoiadores de Bolsonaro, que nessa segunda feira (11), atacou novamente a jornalista com a divulgação de mais uma postagem falsa.
Em nota, a Abraji e a OAB classificaram a atitude do presidente como uma tentativa de intimidação.
“Isso mostra não apenas o descompromisso com a veracidade dos fatos, o que em si já seria grave, mas também o uso de sua posição de poder para tentar intimidar veículos de mídia e jornalistas, uma atitude incompatível com seu discurso de defesa da liberdade de expressão”, afirmam.
A ABI (Associação Brasileira de Imprensa) disse em nota repelir “com indignação” as ameaças à jornalista e que as considera grave ofensa ao livre exercício profissional, à liberdade de imprensa e à própria democracia”.
Outras entidades como a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Associação Nacional de Editores de Revista (Aner), e a Associação Nacional de Jornais (ANJ), também lamentam a atitude de Bolsonaro.
No segundo ataque, o site Terça Livre, durante uma live exibe um tuíte falso atribuído à Constança. A conta verificada da repórter tem outro endereço. A publicação falsa dizia que “o Brasil virou uma ditadura”.
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