quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Brasil

Fabrício Queiroz fala pela primeira vez sobre informações do Coaf

POR Jornal Somos | 27/12/2018
Fabrício Queiroz fala pela primeira vez sobre informações do Coaf

Redação Jornal Somos

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O policial militar da reserva e ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício de Queiroz falou a público pela primeira vez desde que foram publicadas as informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

 

 

Em entrevista ao SBT, Fabrício informou que sua movimentação financeira é fruto da compra e venda de veículos usados. Quanto aos depósitos feitos em sua conta por outros assessores de Flávio, o ex-assessor não explicou o motivo e nem a origem do dinheiro. Disse que vai esclarecer esse assunto ao Ministério Público.

 

 

O policial tentou livrar de culpa seu amigo Jair Bolsonaro e o filho Flávio, pedindo desculpas à família e dizendo ser o único culpado por qualquer erro cometido.

 

 

Sobre o depósito feito na conta da futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro, Fabrício afirmou que não há nada de errado no repasse de R$ 24 mil e repetiu a versão dada por Jair de que o dinheiro seria parte do pagamento de um empréstimo feito ao policial.

 

 

Fabrício informou que a movimentação de R$ 1,2 milhão em sua conta entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017 são alheias ao mandato da família Bolsonaro. O ex-assessor negou as suspeitas de que atuaria como operador de um suposto esquema no gabinete, recolhendo parte do salário dos colegas usando a própria conta para ocultar os recursos.

 

 

O Coaf mostrou movimentações atípicas como saques fracionados e depósitos em dinheiro vivo. Boa parte das movimentações ocorreu em datas próximas ao dia de pagamento da Assembleia Legislativa.

 

 

Oito assessores de Flávio Bolsonaro transferiram recursos para a conta de Fabrício. Entre eles suas filhas Nathália e Evelyn Queiroz e sua esposa Márcia Aguiar. Todas foram contratadas por Flávio após a indicação de Fabrício. O ex-assessor nega que elas tenham sido funcionárias fantasmas.

 

 

Quanto a suas ausências para depor no Ministério Público, Fabrício afirma que todas as faltas foram justificadas. Duas vezes cancelou os depoimentos por recomendação de seus advogados que não haviam obtido na íntegra os relatórios. Ele faltou duas vezes depois disso por motivos de saúde. Ele afirma ter bursite e um câncer no intestino. Sua defesa tem até hoje para apresentar os laudos médicos À Procuradoria-Geral de Justiça.

 

 

Os promotores também devem ouvir outros funcionários da Assembleia, familiares de Fabrício, e Flávio Bolsonaro. O Ministério Público sugeriu ouvir os depoimentos no dia 10 de janeiro, mas por ter prerrogativa de foro, Flávio pode escolher o dia em que irá depor.

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