quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O Brasil recusou a extradição do ex-atacante Robinho à Itália, onde ele foi condenado a nove anos de prisão por estupro de uma mulher albanesa em 2013. Fontes ouvidas pela agência italiana Ansa, informam que a recusa se deu com base no artigo 5 da Constituição Federal, que proíbe a extradição de cidadãos brasileiros.
No entanto, a Itália poderá pedir o cumprimento da pena no Brasil. O pedido de extradição havia sido divulgado no início de outubro, quase nove meses após a confirmação de sentença de Robinho pela Suprema Corte do país europeu.
Ao UOL Esporte, o advogado da vítima de Robinho, Jacopo Gnocchi, criticou a decisão do governo brasileiro. "Essa era uma resposta previsível. Conhecíamos a Constituição brasileira, mas o que nos sensibiliza é que nesse caso específico um instrumento que deveria defender o cidadão foi usado como escudo para fugir da condenação e para obter impunidade. Agora esperamos que a pena seja executada no Brasil, mas sem que haja a necessidade de se fazer outro processo para isso.".
O ex-atacante e seu amigo Ricardo Falco foram condenados por conta do estupro de uma jovem albanesa em 22 de janeiro de 2013, quando a vítima tinha 22 anos de idade.
A mulher estava na mesma boate que Robinho e outros cinco amigos, em Milão. Segundo a acusação, Robinho e seus amigos ofereceram bebida à vítima até "deixá-la inconsciente e incapaz de se opor".
A reconstrução feita pelo Ministério Público apontou que o grupo levou a jovem para um camarim da boate, e se aproveitando de seu estado, praticou "múltiplas e consecutivas relações sexuais com ela".
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