quarta-feira, 24 de abril de 2024

Brasil

Exportação de café de alta qualidade ainda é um desafio

POR Jornal Somos | 03/10/2018
Exportação de café de alta qualidade ainda é um desafio
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Em celebração ao Dia Mundial do Café, o Ministério das Relações Exteriores promoveu uma comemoração nesta segunda-feira (1º) no Palácio do Itamaraty, reunindo embaixadores dos principais países compradores, além de autoridades do governo federal e representantes da cafeicultura brasileira. Atividades semelhantes foram promovidas por embaixadas brasileiras em diversos países. A data foi instituída há quatro anos pela Organização Internacional do Café (OIC) e busca desenvolver o mercado do produto em todo o mundo.

 

O Brasil, como o maior produtor mundial de café, colheu neste ano safra recorde de mais de 60 milhões de sacas do grão nas lavouras de todo o país. Desse total, 60% foram exportados, com destaque para os mercados norte-americano, alemão, italiano e japonês, que compram quase metade do montante.

 

Os 40% restantes são absorvidos pelo mercado interno, o que coloca o Brasil como segundo maior consumidor de café do planeta, com cerca de 23 milhões de sacas do produto ao ano, atrás apenas dos Estados Unidos.

 

Apesar da posição destacada no setor, o país exporta pouco o produto industrializado, que tem maior valor agregado, no caso o grão cru. Conforme a EBC, o diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Nathan Hersckowic, explicou que o trabalho de industrialização acaba sendo feito no país que comprou a matéria-prima. Para Hersckowicz, um dos principais desafios da cafeicultura no Brasil é fomentar a exportação do produto industrializado. Apenas o café solúvel, que representa cerca de 10% das exportações, tem algum valor agregado além do grão cru.

 

Hersckowicz ressalta que é preciso investir no desenvolvimento de um produto de alta qualidade, o chamado café gourmet, que tem três vezes mais valor agregado que o café tradicional. Isso inclui a fabricação de cápsulas de café gourmet, já que a maior parte do consumo doméstico é de produtos importados ou fabricados no país por empresas estrangeiras.

 

Desde 2006, a Abic premia as melhores marcas de café do país com base na avaliação do Programa de Qualidade do Café (PQC), que incentiva e estimula a melhoria da qualidade do produto nacional. São quatro categorias: gourmet, superior, tradicional e extra forte. Além de ser uma paixão nacional, o café é um dos principais produtos do agronegócio brasileiro e envolve uma grande força de trabalho.

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