quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
De acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida ao nascer no Brasil subiu para 76,3 em 2018.
A expectativa de vida em 2017 era de 76 anos, sendo aproximadamente três meses a menos do que em 2018.
Desde 1940, já são 30,8 anos a mais que se espera que a população viva. Os dados são das Tábuas Completas de Mortalidade, divulgadas hoje pelo IBGE.
Espera-se maior longevidade para as mulheres, sendo 79,9 anos. Já a expectativa de vida ao nascer para os homens ficou em 72,8 anos em 2018. Essa diferença, chamada de “sobremortalidade masculina”, é mais acentuada conforme a faixa etária. Um homem 20 a 24 anos tinha, em 2018, 4,5 vezes menos chances de chegar aos 25 anos do que uma mulher.
“Esse fenômeno pode ser explicado por causas externas, não naturais, que atingem com maior intensidade a população masculina”, explica o pesquisador do IBGE Marcio Minamiguchi, ressaltando que, em 1940, não havia essa discrepância evidente entre os sexos nos grupos mais jovens. “A partir de meados da década de 80 as mortes associadas às causas externas passaram a desempenhar um papel de destaque. É um fenômeno proveniente da urbanização e inclui homicídios, acidentes de trânsito e quedas acidentais, entre outros”, complementa.
É importante ressaltar que a expectativa de vida muda conforme o ano de nascimento da pessoa e o sexo. Por exemplo, uma pessoa que está com 30 anos agora terá um tempo médio de vida diferente de quem acabou de nascer, é a chamada projeção sobrevida.
Mortalidade infantil cai
Também foi mostrado na pesquisa que as taxas de mortalidade infantil mantiveram a tendência de queda. O número de mortes antes de completar 1 ano de idade caiu de 12,8 a cada mil nascidos vivos em 2017 para 12,4 por mil em 2018. Até os 5 anos de idade, o índice declinou 3,4% de 14,9 por mil para 14,4 por mil.
“A mortalidade infantil tem causas normalmente evitáveis e, principalmente nesses primeiros anos de vida, está muito relacionada às condições em que a criança vive. Conforme melhoram as condições de saneamento básico da população e o acesso a vacinas e atendimentos de saúde, diminuem os índices de morte infantil. Se conseguirmos reduzir a taxa atual pela metade, isso significará menos 15 a 20 mil mortes de crianças por ano”, comenta Minamiguchi.
Quanto aos estados, a menor taxa de mortalidade infantil foi encontrada no Espírito Santo: 8,1 óbitos de crianças menores de 1 ano para cada mil nascidos vivos. Já a maior foi a do Amapá, com 22,8 por mil.
A mortalidade das crianças menores de 1 ano é um importante indicador da condição de vida socioeconômica de uma região. As taxas no Brasil estão melhorando, mas ainda estão longe das encontradas nos países mais desenvolvidos do mundo, mesmo nos estados do Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo, com índices abaixo de 10 por mil. Japão e Finlândia, por exemplo, possuem taxas abaixo de 2 por mil. Dentre os países que compõem os Brics, o Brasil está mais próximo da China, que tem mortalidade infantil de 9,9 por mil.
— Jornal Somos (@JornalSomos) November 28, 2019
Fonte: IBGE
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