quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Estudo da FGV indica prejuízo de até 72% na educação brasileira durante ensino à distância

POR Ana Carolina Morais | 14/01/2021
Estudo da FGV indica prejuízo de até 72% na educação brasileira durante ensino à distância

Redação Jornal Somos

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Um estudo realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), encomendado pela Fundação Lemann, apontou um prejuízo de até 72% na educação brasileira devido o ensino à distância imposto pela pandemia de Covid-19, com a suspensão das aulas presenciais e a dificuldade de acesso ao novo formato virtual. Segundo a pesquisa, o ensino poderá retroceder até quatro anos nos níveis de aprendizagem.

 

 

Este cenário demonstrado é considerado o pior, pois significa que os alunos não aprenderam o conteúdo durante o ensino de forma remota, impactando mais os estudantes negros e os que a mãe não concluiu o ensino fundamental.

 

 

A perda simulada a partir dos dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) equivale ao retorno à proficiência brasileira na avaliação feita a quatro anos atrás em língua portuguesa, e três anos atrás em matemática, do 5º ao 9º ano do ensino fundamental, sendo este considerado um cenário pessimista.

 

 

Na estimativa intermediária, a queda no ensino seria equivalente ao voltar à proficiência brasileira de três anos atrás, enquanto no cenário otimista, onde os alunos teriam aprendido no ensino à distância da mesma forma quanto no método presencial, ainda assim a educação pode ter regredido três anos em língua portuguesa.

 

 

O estudo também apresentou um modelo diverso para apresentar os dados. Neste método, foi apontado que tanto os estudantes dos anos finais (do 5º ao 9º) do ensino fundamental, quanto os alunos do ensino médio, podem ter deixado de aprender o equivalente a 72% do que aprenderiam em um ano típico, sendo este o pior cenário para língua portuguesa e matemática. O quantitativo abaixa para 34% e 33%, respectivamente, na previsão intermediária, reduzindo ainda mais, para 14% e 15%, na previsão otimista.

 

 

Segundo o diretor de Políticas Educacionais na Fundação Lemann, Daniel de Bonis, “a simulação mostra que, dependendo da qualidade do ensino remoto e do nível de dedicação dos estudantes, ele pode reduzir até substancialmente esse prejuízo com o fechamento das escolas, mas não substitui a escola, você vai continuar tendo um prejuízo”.

 

 

(Com informações do Jornal Opção)

 

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