quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O ministro Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, pediu demissão de seu cargo à frente da pasta, nesta segunda-feira (29), durante um encontro com o presidente Jair Bolsonaro. Ele informou, por meio de nota, que deixará a função. O requerimento vem após pressão dos parlamentares por meio de críticas às falhas diplomáticas que teriam prejudicado a compra de vacinas contra a Covid-19. A decisão ainda não foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).
Em meio a este cenário, já existem alguns nomes sendo cotados para o cargo, sendo eles o almirante Flávio Rocha, da ala militar; o embaixador Carlos Alberto Franco França, do Itamaraty e ex-chefe do Cerimonial de Bolsonaro; o embaixador do Brasil na França, Luiz Fernando Serra; e o embaixador George Firmeza, que é assessor do almirante Flávio Rocha.
Uma atitude de Araújo grande alvo de crítica é sua postura de seguir os mesmos princípios da política externa do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o que gerou atritos com parceiros comerciais importantes ao país, como a China, que é o destino principal das exportações brasileiras, além de ser a maior produtora de insumos para a produção de vacinas no mundo.
Na última quarta-feira (24) o ministro havia sido cobrado, pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), por ações mais efetivas na busca por imunizantes contra a Covid. No mesmo dia, Ernesto também ouviu senadores pedindo para que ele deixasse o cargo nas Relações Exteriores.
O último atrito aconteceu durante o final de semana, quando Araújo publicou em uma rede social que a senadora Kátia Abreu (PP-TO) havia lhe dito que ele seria o “rei do Senado se fizesse um gesto em relação ao 5G”. A declaração foi vista pelos senadores como desesperada, além de uma tentativa de retirar o foco de sua eminente demissão.
(Com informações do G1 e da CNN Brasil)
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