quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O embargo da Arábia Saudita à carne de frango brasileira ainda não foi justificado. O presidente em exercício, Hamilton Mourão nega que a medida possa ser relacionada à mudança da embaixada brasileira em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém, pois a alteração ainda não foi concretizada. “A embaixada não está mudada ainda, o pessoal está se antecipando ao inimigo”, disse Mourão.
Das 30 plantas que exportavam a carne, 5 foram desabilitadas. O presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, Rubens Hannun, acredita que o embargo se deva a critérios técnicos. Ele explica que desde a Operação Carne Fraca vários países aumentaram o nível de inspeção para a produção brasileira. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirma que está em contato com o governo federal para esclarecer os questionamentos relacionados às plantas.
No caso da BRF, segundo fontes que falaram à Reuters em anonimato, duas unidades foram desabilitadas para exportar frango para o mercado árabe, sendo uma em Goiás e outra no Sul do país. O Jornal Somos entrou em contato com a unidade da BRF em Rio Verde, mas a equipe da empresa não pôde divulgar nenhuma informação.
As unidades desabilitadas terão sua produção mais voltada para a demanda interna. "Será feito um ajuste e um rearranjo. Isso não é automático. Deve levar um a dois meses", explicou. "O impacto não será de um volume expressivo", acrescentou uma segunda fonte.
Em paralelo, a Arábia Saudita vem adotando medidas para aumentar a produção interna e reduzir as importações de carnes de frango. Os sauditas chegaram a questionar, por questões religiosas, como era feito o abate de frango em unidades brasileiras, o que levou a uma adaptação nas unidades à tradição muçulmana.
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