sexta-feira, 29 de março de 2024

Brasil

Entenda como economia será afetada com anúncios da Vale de extração e fechamentos

POR Jornal Somos | 31/01/2019
Entenda como economia será afetada com anúncios da Vale de extração e fechamentos

REUTERS

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Após reunião com os ministros de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e do Meio Ambiente, Ricardos Salles, o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, anunciou no começo da semana que a empresa vai acabar com dez barragens, como a que se rompeu em Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte (MG).

Segundo ele, essas barragens serão descomissionadas, ou seja, serão preparadas para serem integradas à natureza. O projeto para descomissionar as barragens está pronto e será levado para os órgãos federais e estaduais em 45 dias e o prazo para executar as ações é de no mínimo um ano e no máximo 3 anos.

 

Com essa medida, haverá redução na produção em 40 milhões de minério de ferro e 10 toneladas de pelotas por ano, o que representa 10% da produção da empresa ao ano.

“A decisão da companhia é que, depois que esse desastre aconteceu, não podemos mais conviver com esse tipo de barragem, tomamos a decisão de eliminar com todas as barragens a montante, descomissionando todas elas com efeito imediato. Para tanto será necessário paralisar as operações de mineração em todos os sítios que estão nas proximidades dessas barragens”, disse o presidente da Vale.

A partir disso, serão utilizadas apenas barragens convencionais e um procedimento de extração de ferro a seco, adquirido pela empresa pouco antes do rompimento da barragem em Brumadinho.

 

O economista Cláudio Laval explicou em entrevista ao SOMOS como isso poderá afetar a economia brasileira.

“Conforme noticiários, a empresa Vale deve reduzir sua produção de minério de ferro em 10%. Esta redução em primeiro lugar impacta no faturamento e nos lucros da empresa que é negociada em bolsa de valores, impactando nos preços de suas ações e consequentemente no valor de mercado da empresa; O Vale deve tomar medidas de redução de custos.

 

Os governos federal, estadual e municipais sofrerão redução nos impostos gerados pela queda faturamento, e em especial, as prefeituras que recebem royalties relacionados às barragens. O minério de ferro que exportamos sofrerá aumento de preço no mercado internacional, encarecendo os produtos industrializados que importamos reduzindo negativamente nossa balança comercial. Talvez um planejamento sério, com ajustes graduais das normas, considerando os riscos reais, pudesse gerar menos impacto.

 

No final, quem paga a conta é o consumidor!”

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