quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
A embaixada da China no Brasil publicou uma nota, nesta terça-feira (24), repudiando afirmações feitas em rede social pelo deputado e presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, que escreveu na noite de segunda-feira (23) que o governo brasileiro está apoiando uma “aliança global para um 5G seguro, sem espionagem da China”. Segundo a embaixada, essa insinuação é “infundada” e “solapa” a relação entre os dois países.
“O governo Jair Bolsonaro declarou apoio à aliança Clean Network, lançada pelo governo Donald Trump, criando uma aliança global para um 5G seguro, sem espionagem da China. Isso ocorre com repúdio a entidades classificadas como agressivas e inimigas da liberdade, a exemplo do Partido Comunista da China”, havia dito Eduardo Bolsonaro na publicação que foi apagada, posteriormente, na terça (24).
O pronunciamento de Eduardo faz referência à disputa entre China e Estados Unidos para a instauração da tecnologia 5G, onde o governo norte-americano acusa as empresas chinesas de realizarem espionagem, e em contrapartida, o território chinês afirma que os EUA usam a soberania nacional para prejudicar suas empresas.
“Isso é totalmente inaceitável para o lado chinês e manifestamos forte insatisfação e veemente repúdio a esse comportamento. A parte chinesa já fez gestão formal ao lado brasileiro pelos canais diplomáticos. Os EUA têm um histórico indecente em matéria de segurança de dados. Certos políticos norte-americanos interferem na construção da rede 5G em outros países e fabricam mentiras sobre uma suposta espionagem cibernética chinesa, além de bloquear a Huawei visando alcançar uma hegemonia digital exclusiva. Comportamentos como esses constituem uma verdadeira ameaça à segurança global de dados”, afirmou a embaixada Chinesa em sua nota-repúdio.
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, foi questionado por jornalistas, após reunião com o presidente Jair Bolsonaro, acompanhado do relator da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) do edital do 5G e de conselheiros da agência, sobre a questão envolvendo o post do filho do presidente e a resposta da embaixada da China, porém o ministro se esquivou, respondendo somente: “Liga para o Eduardo”.
(Com informações do G1)
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