quinta-feira, 28 de março de 2024

Em posse, ministro da Educação afirma que é a favor ensino laico e que nunca defendeu violência

POR | 17/07/2020
Em posse, ministro da Educação afirma que é a favor ensino laico e que nunca defendeu violência

Foto: Isac Nóbrega/PR

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O ministro da Educação, pastor Milton Ribeiro, tomou posse ontem, quinta feira (16/07), em uma cerimônia fechada para a imprensa no Palácio do Planalto. Ribeiro, que é pastor da Igreja Presbiteriana, é o quarto ministro da Educação do governo do presidente Jair Bolsonaro, que participou do evento por videoconferência.

 

Em seu discurso, transmitido pelos canais de governo, Ribeiro afirmou que vai conduzir sua gestão com base nos princípios constitucionais e respeitando a laicidade do Estado.

"Conquanto tenho a formação religiosa, meu compromisso que assumo hoje ao tomar posse está bem firmado e localizado em valores constitucionais da laicidade do estado e do ensino público. Assim, Deus me ajude".

 

O ministro disse também que nunca defendeu a violência nas escolas, justificando uma afirmação anterior na qual mencionou que crianças devem ser educadas com "dor". Sua fala é por conta de um vídeo que circulava pelas redes sociais, em que Ribeiro também dizia que a "correção" não será obtida por "métodos suaves", com a exceção de algumas crianças "superdotadas" que entenderiam o argumento dos pais.

"Jamais falei de violência física na educação escolar, nunca defenderei tal prática, que faz parte de um passado que não queremos de volta. Entretanto, vale lembrar que devido à implementação de políticas e filosofias educacionais equivocadas no meu entendimento, que desconstruíram a autoridade do professor em sala de aula, o que agora existe são episódios de violência física de alguns maus alunos contra o professor. As mesmas vozes críticas da sociedade devem se posicionar contra esses episódios com a mesma intensidade" argumentou. 

 

Durante sua fala, o novo ministro ainda agradeceu ainda à escola pública e afirmou que quer abrir o diálogo no MEC.

"Queremos abrir grande diálogo para ouvir acadêmicos e educadores que, como eu, estão entristecidos com o que vem acontecendo com a educação no país. Haja visto nossos referenciais e colocações no Pisa", disse, acrescentando:

"Para não ser injusto, ao olhar o passado educacional do nosso país não se pode desmerecer que grandes educadores deram legítimas e valiosas contribuições. Não estava tudo errado, mas o que observamos como resultado de políticas implementadas é que levaram ao que vemos nos dias de hoje na escola, sobretudo com nossas crianças".

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