quinta-feira, 25 de abril de 2024

Brasil

Em discurso na Cúpula do Clima, Bolsonaro promete neutralidade climática até 2050

POR Ana Carolina Morais | 22/04/2021
Em discurso na Cúpula do Clima, Bolsonaro promete neutralidade climática até 2050

Imagem: Marcos Corrêa/PR

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O presidente Jair Bolsonaro discursou, nesta quinta-feira (22), durante a Cúpula do Clima, onde assegurou que adotará medidas que reduzam as emissões de gases, declarando que está aberto à uma “cooperação internacional”. Entre as principais promessas feitas está a de buscar a neutralidade climática até o ano de 2050, ou seja, reduzir a zero o balanço das emissões de carbono em um prazo que antecipada em 10 anos a sinalização anterior.

 

 

Além deste compromisso, o presidente também prometeu zerar até 2030 o desmatamento ilegal, assegurou que irá reduzir as emissões de gases e afirmou que irá ‘fortalecer’ os órgãos ambientais, ‘duplicando’ recursos para fiscalização.

 

 

Ao se pronunciar, Bolsonaro afirmou ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que suas medidas ambiciosas voltadas ao meio ambiente se coincidem. "Coincidimos, senhor presidente [em referência à Joe Biden], com o seu chamado ao estabelecimento de compromissos ambiciosos. Nesse sentido, determinei que nossa neutralidade climática seja alcançada até 2050. Antecipando em 10 anos a sinalização anterior”, disse.

 

 


Imagem: Marcos Corrêa/PR

 

 

Outro ponto levantado pelo presidente do Brasil foi o pedido de “justa remuneração” pelos “serviços ambientais” prestados pelos biomas do país. "É preciso haver justa remuneração pelos serviços ambientais prestados por nossos biomas ao planeta como forma de reconhecer o caráter econômico das atividades de conservação”.

 

 

Com um tom moderado, o presidente deixou de fazer referências aos recordes atuais de desmatamento que foram registrados na Amazônia, apresentou dados descontextualizados sobre a situação da floresta e mentiu sobre aumentar recursos para fiscalização ambiental. De outro lado, ele abdicou das ideias de “soberania” e “controle da Amazônia”, como defende desde que assumiu a presidência.

 

 

O chefe de Estado brasileiro foi o 20º a discursar e falou 1h48min depois do início da reunião da Cúpula, sendo o último entre os países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e falando após as Ilhas Marshal e a Argentina. A ordem de pronunciamento foi elaborada pelo governo americano. O presidente dos EUA não acompanhou da sala onde estava o discurso de Bolsonaro, pois pediu para sair antes da fala do presidente da Argentina, Alberto Fernández.

 

 

(Com informações do UOL e do G1)

 

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