quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Ontem a noite, terça feira (03/11, o Ministério Público do Rio de Janeiro informou que denunciou à Justiça o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), o ex-assessor Fabrício Queiroz e mais 15 investigados por organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita no esquema das "rachadinhas", na época em que Flávio Bolsonaro era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
Hoje de manhã a notícia percorreu as mídias com uma dúvida: será que desta vez haveria uma conclusão para o caso das “rachadinhas”. Segundo informações do jornal O Globo, a ex-assessora, do na época deputado, Luiza Sousa, confessou que havia prática de "rachadinha" no gabinete em que trabalhava. A fala teria sido em depoimento ao Ministério Público, e ainda teria sido dito que nunca trabalhou como assessora do filho do presidente da República e tinha que devolver todos os meses cerca de 90% do salário que recebia. Luiza também apresentou extratos bancários que comprovam repasses para o ex-chefe da segurança do parlamentar, Fabrício Queiroz, entre 2011 e 2017, totalizando R$ 160 mil.
Conforme reportagem, o primeiro contracheque dela no período em que trabalhou no gabinete de Flávio tinha um valor bruto de R$ 4.966,45. Já o último, na TV Alerj, de R$ 5.264,44 – no entanto, ela só ficava com R$ 700. Além disso, ela também tinha como obrigação devolver valores de 13º salário, férias, vale-alimentação e até restituição de imposto de renda. Outras pessoas também viviam a mesma situação: as duas filhas mais velhas de Queiroz, Nathália e Evelyn, e Sheila Vasconcellos, uma amiga.
De acordo com a nota do MP, a denúncia foi ajuizada em 19 de outubro e encaminhada ontem ao desembargador responsável pelo processo no Tribunal de Justiça do Rio. Em setembro, a 33ª Vara Cível do Tribunal concedeu a liminar proibindo a Globo de divulgar informações sobre o inquérito. A Globo afirma que a decisão judicial foi um cerceamento à liberdade de informar, uma vez que a investigação era de interesse de toda a sociedade.
Em nota, a defesa do senador disse que o parecer final do MPRJ já era esperada, mas não se sustenta. Leia:
"Dentre vícios processuais e erros de narrativa e matemáticos, a tese acusatória forjada contra o Senador Bolsonaro se mostra inviável, porque desprovida de qualquer indício de prova. Não passa de uma crônica macabra e mal engendrada. Acreditamos que sequer será recebida pelo Órgão Especial. Todos os defeitos de forma e de fundo da denúncia serão pontuados e rebatidos em documento próprio, a ser protocolizado tao logo a defesa seja notificada para tanto", diz a nota.
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