quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Em audiência, realizada pelo governo federal nesta terça-feira (4/01), as sociedades médicas e científicas defenderam a vacinação de crianças de 5 a 11 anos, mas foram contra a necessidade de apresentação de receita médica para a imunização.
"Tenho experiência com atividade social, com a população ribeirinha na Amazônia. Como é que você vai vacinar as crianças da Amazônia precisando de prescrição médica? Isso, na minha opinião, vendo o país como um todo, é uma barreira muito grande para a implantação desta vacinação", opinou a médica infectologista Rosana Richtmann, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), que defende a não exigência de receita médica para vacinação das crianças.
Outro ponto levantado na audiência, foi sobre a questão dos eventos adversos, comoa miocardite. O médico Marco Aurélio Sáfadi, da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), lembrou que problema tem risco ainda maior de ser causado pela própria Covid-19.
"Mesmo no grupo de adolescentes, meninos, púberes, que registram os maiores casos de miocardite pela vacina, esses números são dezenas de vezes inferiores ao risco de miocardite atribuído à própria Covid-19“, afirmou. "A vacina em adolescentes teve efetividade para prevenir hospitalizações de 93%".
Também estiveram na audiência, os indicados pela deputada federal bolsonarista Bia Kicis (PSL), membros da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados que defenderam a não vacinação das crianças usando informações distorcidas e/ou incorretas.
O governo também informou que a maioria das pessoas foi contra obrigatoriedade da vacinação nessa faixa etária, mas esse levantamento não foi permitido para as pessoas se manifestassem a favor, sendo assim, não havia uma pergunta que questionasse se as pessoas seriam a favor da vacinação obrigatória.
A secretária ainda não detalhou a quantidade de respostas para cada opinião (contra ou a favor da necessidade de receita). Tampouco informou sobre a concordância com a não obrigatoriedade da vacinação de crianças.
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