quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
As eleições para a presidência da Câmara dos Deputados e do Senado Federal foram realizadas nesta segunda-feira (1º) e decididas em primeiro turno por meio de votação secreta. Em ambas as casas, ganharam os candidatos que receberam o apoio do presidente Jair Bolsonaro. Na Câmara, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) foi vitorioso com 302 votos, enquanto o representante do Senado e do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), foi eleito com 57 votos. Os novos dirigentes ficarão à frente do cargo até 2023, ou seja, pelos próximos dois anos.
O resultado da Câmara é considerado uma derrota para o agora ex-presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), uma vez que ele apoiou o principal adversário da disputa, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP), na tentativa de fazer um sucessor. O oponente recebeu 145 votos, sendo derrotado pelo dobro de votantes que escolheram Lira.
Apesar disso, no Senado o cenário foi diferente: significou uma vitória ao agora ex-presidente Davi Alcolumbre (DEM-AP), que apoiou o senador que ganhou a disputa, atuando como cabo eleitoral de Pacheco desde o mês de dezembro do ano passado, a partir do momento em que o Supremo Tribunal Federal (STF) vetou a possibilidade de reeleição nas Casas do Congresso. Apenas Simone Tebet (MDB-MS) concorreu contra Rodrigo, recebendo 21 votos. Os outros candidatos que se propuseram anteriormente à disputa, Jorge Kajuru (Cidadania-GO), Major Olímpio (PSL-SP) e Lasier Martins (Pode-RS), desistiram em apoio à Tebet.
Além de atribuições voltadas à organização interna das Casas, como presidir sessões plenárias e definir pautas de votação, cabe, também, aos presidentes, decisões de muita relevância, como no caso do Senado, a impugnação de proposições que pareçam contrárias à Constituição Federal, e na Câmara, a decisão sobre abertura ou não de um processo de impeachment para afastamento do presidente da República.
Primeiro discurso
A primeira fala do novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, foi abrangente e citou pautas diversas como a independência da Casa, votações de reformas, combate à corrupção, geração de empregos, combate à pandemia, estabilidade econômica e preservação do meio ambiente.
“[O Senado deve] Atuar com vistas no trinômio saúde pública, desenvolvimento social e crescimento econômico, com o objetivo de preservar vidas humanas, socorrer os mais vulneráveis, gerar emprego e renda. (...) As votações de reformas que dividem opiniões, como a reforma tributária e a reforma administrativa, deverão ser enfrentadas com urgência, mas sem atropelo. O ritmo dessas e de outras reformas importantes será sempre definido em conjunto com os líderes e com o plenário desta Casa”, afirmou Pacheco.
Já no primeiro discurso de Arthur Lira, agora presidente da Câmara, o destaque foi para a defesa da vacinação dos brasileiros contra a Covid-19, o equilíbrio nas contas públicas e a proposição de uma pauta emergencial, com o intuito de conter os efeitos da pandemia, evidenciando ainda, durante toda sua fala, a necessidade de união entre os deputados.
“A política tem uma dívida com o povo brasileiro. Temos uma grande chance, juntos, todos, de todas as tendências, acima das diferenças, de estabelecermos o que chamo de pauta emergencial. (...) Precisamos urgentemente amparar os brasileiros que estão em estado de desespero econômico por causa da Covid-19 e temos de examinar como fortalecer nossa rede de proteção social. Temos de vacinar, vacinar, vacinar o nosso povo. Temos de buscar o equilíbrio de nossas contas públicas, de dialogar com a sociedade e o mercado de forma transparente para que haja uma compreensão do que é possível e não é possível fazer e daquilo que de forma previsível pode ser pactuado ou não”, defendeu Lira.
(Com informações do G1, da Agência Brasil, da CNN Brasil e do InfoMoney)
Jornal online com a missão de produzir jornalismo sério, com credibilidade e informação atualizada, da cidade de Rio Verde e região.