quinta-feira, 25 de abril de 2024

Eficácia da CoronaVac é de 78% e pedido de uso emergencial da vacina já foi enviado à Anvisa

POR Ana Carolina Morais | 07/01/2021
Eficácia da CoronaVac é de 78% e pedido de uso emergencial da vacina já foi enviado à Anvisa

ALOISIO MAURICIO/ESTADÃO CONTEÚDO

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O índice de eficácia da vacina CoronaVac é de 78%. A informação foi divulgada, nesta quinta-feira (7), pelo governo de São Paulo. O resultado demonstrou que o imunizante garantiu proteção total contra mortes, casos graves e internações nos voluntários que participaram dos testes e foram contaminados pelo novo coronavírus. Com a conclusão do estudo, o pedido de uso emergencial já foi enviado, pelo Instituto Butantan, à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

 

 

Em coletiva de imprensa, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que “esse resultado significa que a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan tem elevado grau de eficiência e eficácia para proteger a vida dos brasileiros contra a Covid-19. As pessoas que forem imunizadas com a vacina do Instituto Butantan terão entre 78% a 100% menos possibilidade de desenvolverem a Covid-19”.

 

 

As testagens da parceria entre o Butantan e a farmacêutica chinesa Sinovac foram realizadas em mais de 12 mil voluntários brasileiros que trabalham na linha de frente do combate ao vírus.

 

 

“As pessoas que receberam a vacina, em relação às que não receberam, não tiveram nenhum caso de Covid grave. Ou seja, a vacina protegeu 100% em relação a casos graves. Não só: protegeu também 100% contra casos moderados. Ou seja, as pessoas vacinadas nesta população de alto risco foram protegidas da doença moderada e grave”, informou o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.

 

 

O pedido de uso emergencial foi enviado à Anvisa também nesta quinta (7), e de acordo com a agência, o prazo para análise do requerimento de utilização emergencial é de 10 dias, enquanto a avaliação de registro definitivo é feita em até 60 dias.

 

 

“Por isso que hoje nós estamos junto à Anvisa. Já tivemos uma primeira reunião. O processo de submissão do uso emergencial prevê um rito que seja feito uma reunião inicial. Reunião inicial foi feita hoje às 10h. A Anvisa recebeu informações e já marcou uma segunda reunião no final do dia de hoje. No final do dia de hoje teremos mais uma reunião e esperamos poder formalmente iniciar esse pedido de tramitação após essa reunião no dia de hoje ou no máximo até amanhã”, esclareceu Dimas Covas.

 

 

Quanto ao nível de eficácia, a quantia mínima exigida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 50%. A microbiologista Natália Pasternak explica que a eficiência reduzida da CoronaVac (quando comparada às outras vacinas), já era esperada, uma vez que a técnica utilizada é a do vírus inativado, enquanto os imunizantes com taxa superior a 90% usam o sistema de RNA mensageiro. Sendo assim, para Pasternak, o índice de 78% da vacina Butantan/Sinovac é excelente.

 

 

“É completamente esperado. Uma vacina de vírus inativado dificilmente vai ter a mesma eficácia do que vacinas de RNA ou vacinas de adenovírus [vetor viral], que conseguem entrar na célula e imitar, de uma forma muito mais efetiva, a infecção natural. Elas acabam provocando uma resposta imune que é tanto de anticorpos como de resposta celular. A vacina inativada não consegue provocar uma resposta tão completa. É esperado que ela tenha uma eficácia menor. A eficácia de 78% da CoronaVac, ao que tudo indica, é uma eficácia excelente e compatível com uma vacina de vírus inativado. Com uma boa campanha, vai ser uma ótima vacina para o Brasil”, afirma a microbiologista.

 

 

(Com informações do G1)

 

 

 

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