quarta-feira, 03 de julho de 2024

Diretor de jornalismo arremessa celular de deputado que atacava verbalmente Vera Magalhães

POR Jornal Somos | 14/09/2022
Diretor de jornalismo arremessa celular de deputado que atacava verbalmente Vera Magalhães
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Na noite de ontem, terça-feira (13), estava prevista a realização de um debate entre candidatos a governador de São Paulo, o que aconteceu, mas não virou pauta. Isso porque, ao final do evento, a jornalista Vera Magalhães, que estava em um espaço reservado aos profissionais de imprensa que fariam perguntas aos candidatos, foi abordada pelo deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos), que estava na comitiva do ex-ministro e candidato Tarcísio de Freitas (Republicanos), e que teria iniciado um conflito verbal. 

 

Segundo informações de testemunhas e dos vídeos que foram compatilhados nas redes sociais, o deputado estaria acusando falsamente a jornalista de receber R$ 500 mil anuais de salário da TV Cultura, porém a afirmação já foi refutada pela própria emissora que divulgou que o valor recebido pela jornalista é de R$ 22 mil reais mensais. 

 

Em um dos vídeos do momento do fato ocorrido, Garcia repete diversas vezes a frase: “A senhora é uma vergonha para o jornalismo brasileiro” e pede para que ela publique o contrato, Magalhães repete que já publicou o contracheque, porém o deputado nega e em alguns momentos diz estar sendo agredido pela jornalista.

 

Após alguns minutos das falas, outra confusão foi que terminou a situação. O diretor da redação da TV Cultura, Leão Serva, tomou da mão do deputado o celular e arremessou distante do grupo envolvido. Em um vídeo publicado posteriormente, o diretor afirma ter agido dessa maneira porque o deputado Garcia “já tem uma prática de perseguição” e assédio em relação a Vera Magalhães.

 

“Ele (Garcia) veio aqui, visivelmente, com a intenção de, como eles dizem, ‘lacrar’”, concluiu Serva.

 

Magalhães, saiu do local escoltada por seguranças e na madrugada desta quarta-feira (14) publicou um vídeo onde diz ter sido agredida por Garcia. 

 

“Eu estava sentada na primeira fileira do debate, local destinado aos jornalistas que iriam fazer perguntas aos candidatos, quando esse senhor se ajoelhou na minha frente, começou a me filmar sem que eu percebesse, me xingar de ‘vergonha do jornalismo’, reproduzindo a fala do presidente Jair Bolsonaro no outro debate, dizendo que eu ganho R$ 500 mil por ano, quando isso não é verdade”, disse.

 

Ela ainda acrescentou na fala: “Ele veio mentir novamente, me acusar, me intimidar, achar que com isso vai me calar, vai me deixar ter medo. Isso não é aceitável. O Brasil é uma democracia. Uma democracia pressupõe imprensa livre”.

 

Tanto o deputado, quanto a jornalista, afirmaram ter registrado boletim de ocorrência pela situação: "Isso não é aceitável. Isso não configura democracia. Eu tive que sair escoltada por seguranças do Memorial da América Latina. Ele poderia ter me agredido. Não percebi quando ele, de maneira sorrateira e covarde, se aproximou de uma mulher para fazer isso”, acusou Magalhães.

 

O deputado postou em uma publicação, esclarecimentos sobre o ocorrido: "Questionei a Vera Magalhães sobre o contrato com a TV Cultura, ela perdeu a linha e chamou os seguranças”, apontou o deputado. “A Vera Magalhães está espalhando por aí que eu a agredi. Isso é mentira. Eu vou processar ela e quem divulgar isso por calúnia! Eu apenas a questionei educadamente, mas ela e seus amigos reagiram com agressividade”.

 

 

Fontes: Metropoles e IG

 

*Matéria produzida voluntariamente por Eduarda Lima e supervisionada pela jornalista Camilla Paes

 
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