quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
Nesta terça-feira (24), no Dia Nacional do Milho, os produtores rurais receberam um presente importante. A autoridade alfandegária da China assinou um acordo com o Brasil para permitir a importação do milho brasileiro.
“Isso é um primeiro passo que deixa a China com possibilidade, pelo menos na parte fitossanitária, estar de acordo e aceitar o produto brasileiro. Está tudo assinado, tudo ok, mas ainda demanda um tempo para ser consolidado e depois precisa ver a chegada da demanda da China. Isso é uma questão de mercado que vai depender de preço mundial e no Brasil”, explica Roberto Carlos Rafael, da Germinar Corretora.
Segundo o analista, a liberação pode alavancar a demanda por milho brasileiro neste próximo semestre, e ajudar a sustentar os preços no Brasil em maiores patamares, mesmo com o avanço dos trabalhos de colheita da segunda safra nas regiões produtoras entre junho e julho, visto que, de acordo com Roberto, teremos excedente de produção e estamos com as negociações atrasadas nesta safrinha.
A demanda extra estaria somada à que chegou ao Brasil nos últimos meses vinda do buraco deixado pela saída da Ucrânia do mercado internacional. A demanda foi responsável pela elevação dos volumes exportados em comparação a 2021. Em maio, foram mais de 800 mil toneladas embarcadas e ainda seguem chegando novos navios.
COSBAN
Na VI Sessão Plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Cooperação e Concertação (COSBAN), realizada nesta terça-feira (24), de forma virtual, foi repassado através de representantes do Brasil e da China o progresso alcançado em agricultura desde a última reunião plenária do mecanismo, realizada em maio de 2019.
Desde a última reunião, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Administração Geral de Aduanas da China anunciaram resultados significativos, que se refletem na ampliação e diversificação do comércio agrícola entre as partes.
As exportações brasileiras de carne bovina à China, que haviam sido temporariamente interrompidas após a ocorrência de casos atípicos de Encefalopatia Espongiforme Bovina no Brasil, foram retomadas.
Também foi dada continuidade ao processo de habilitação de estabelecimentos brasileiros exportadores de laticínios e produtos cárneos.
Quatro protocolos foram firmados para a exportação de farelo de algodão, carne bovina termoprocessada e melão do Brasil para a China, assim como a exportação de peras da China ao Brasil.
Ainda foram concluídas visitas de inspeção para amparar as exportações brasileiras de farelo de soja, proteína concentrada de soja, aves e ovos e soro sanguíneo bovino à China. Do lado das exportações chinesas, foram realizadas auditorias em estabelecimentos produtores de envoltórios naturais para exportação ao Brasil.
Durante a VI reunião plenária da COSBAN, ambas as partes anunciaram a conclusão das negociações para o início de exportações brasileiras de milho e amendoim para a China, assim como planos de assinatura de protocolos referentes às exportações brasileiras de farelo de soja, proteína concentrada de soja, polpa cítrica e soro fetal bovino na próxima reunião da Subcomissão de Inspeção e Quarentena, será realizada no período de 21 a 24 de junho deste ano.
Ainda foi acordado entre as partes, o empenho de esforços para até o final de 2022 realizar negociações referentes às exportações brasileiras de gergelim, sorgo e uvas, bem como atribuir prioridade às negociações como objetivo de permitir as exportações brasileiras de farinhas de pescado, aves e suínos, assim como as exportações chinesas de maçãs para o Brasil.
(Com informações Notícias Agrícolas)
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