quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Redação Jornal Somos
O Dia da Consciência Negra é comemorado no Brasil no dia 20 de novembro. Essa data também marca a morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, que dedicou sua vida a lutar pela liberdade de seu povo contra as doutrinas escravocratas e morreu pela causa em 1695. É um dia para refletir sobre a introdução do negro na sociedade brasileira, e a escolha desta data especificamente associa essa introdução a resistência.
O movimento negro no Brasil tem suas raízes na resistência à escravidão. Atualmente o movimento vive seu momento mais plural. Entretanto ainda existem barreiras estruturadas e enraizadas na cultura que fazem com que haja uma grande diferença social entre as pessoas brancas e negras. Essa diferença é uma herança muito antiga, e estamos muito distantes de acabar com ela.
O rascismo que inicialmente era escancarado das formas mais violentas, hoje é velado por comportamentos tidos como naturais por quem os pratica. Mesmo quando se faz um elogio a uma pessoa negra e na sua fala você ressalta a cor dela é racismo. A falta de representatividade que é evidente, e também pela militância com cara de empatia que acaba roubando o lugar de fala.
Apesar de tudo, isso não quer dizer que não há esperança, isso deve representar que precisamos lutar cada vez mais por uma realidade igualitária. Vivemos em uma era na qual recebemos informação de forma praticamente instantânea. Conversando com uma amiga sobre a dívida histórica, recentemente, ela disse que se sente esperançosa quando perguntada sobre esse assunto, pois assim a discussão cresce e se conscientiza mais pessoas. E também porque jamais na história foi possível uma época em que o branco quisesse saber o que o negro pensava sobre o racismo.
Como você que não sofre racismo pode lutar contra ele? Se posicionando. Em situações racistas, mostre que você não é conivente com esse comportamento, mostre o quanto é errado. Reconheça os seus privilégios, porque a ideia de que “no Brasil somos todos iguais” é uma lenda. Pare de sempre mencionar a cor de uma pessoa, mesmo que positivamente. Somos todos muito mais que isso. A chave para quebrar séculos do padrão racista da nossa história está nestas ações.
Em respeito à resistência negra e em reparo a todo o sangue nas mãos dos brancos, lute também. Questione os paradigmas e questione a si mesmo. O que você tem feito pela sua consciência?
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